segunda-feira, 22 de março de 2010

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META
Flora Figueiredo

Dispenso o emaranhado de tristeza.
Jogo a saudade sobre a mesa,
grudo os desapontos no teto.
Passo reto, abro alas.

Arrombo portas, devasso salas,
empurro mágoas pendentes no corredor.
Recolho um favor que, desprezado,
jaz no canto, roto e desbotado,
encosto de um lado um desafeto.
Abro alas, passo reto.

Banho-me lá fora
com a gota de lua caída da aurora,
e lavo minha história.

Quando enxuta,
divisam-se glórias impolutas.
Descubro-me mulher, guerreira, artista
e bato palma.

Abro meus braços, lavo a alma;
percebo logo ali um sol nascente.
Meu passo é reto,
abro alas.
Sigo em frente.

6 comentários:

J.R. Fernandez disse...

Olá amiga Serenissima!
Lindo texto de Flora Figueiredo.
A vida é assim, devemos sempre seguir em frente. ;-)
Beijo no coração, Fernandez.

Júlio [Ebrael] disse...

Incrível a capacidade que temos de reconhecer entre linhas alheias as estradas que percorremos!! Incrível!!

Bjs do aprendiz de Poeta!!

Lilian disse...

Olá querida amiga Sereníssima,

Linda postagem.

Poesia sempre é bom de se ler e sentir o que ela quer dizer.

Temos sempre que estabelecer uma meta e seguir adiante. A vida segue e nós, seguimos com ela, graças a Deus. Se não seguirmos é porque não mais estaremos por aqui.

Beijos amada.
Fique com a paz do Senhor.
Carinhoso e fraterno abraço,
Lilian

LISON disse...

Saudações!
AMIGA RUTE,
Linda mensagem de passagem em Poesia de Flora Figueiredo!
Sempre em Frente, assim é a vida!
Parabéns por mais um lindo Post!
Abraços,
LISON.

dinaliz disse...

Olá! Serenissima. Parabéns,por essa linda poesia! Abraços,Dinaliz.

Manuela Castro disse...

Amo toda a poesia de Flora Figueiredo a Poeta da Ternura. Obrigada por esta partilha

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