segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Rosa vermelha ABISMO DE ROSAS Rosa vermelha

O grande violonista Américo Jacomino, o Canhoto,  tinha apenas 16 anos quando compôs "Abismo de Rosas", em 1905.

A composição era um desabafo a uma decepção amorosa, pois o autor acabara de ser abandonado pela namorada, filha de um escravo.

Canhoto realizou três gravações desta valsa: a primeira, com o nome de "Acordes do Violão", lançada em meados de 1916; a segunda, já como "Abismo de Rosas", em 1925; e, finalmente, a terceira em 1927.

Peça obrigatória no repertório de nossos violonistas - de Dilermando Reis a Baden Powell -, "Abismo de Rosas" é considerada o hino nacional do violão brasileiro pelo professor Ronoel Simões, uma autoridade no assunto. *

Além da letra de João do Sul (Filho de Américo Jacomino, o Canhoto) recebeu também uma letra de José Fortuna, a qual foi gravada pelo Francisco Petrônio.

Em sua forma instrumental, essa Valsa é uma das mais belas melodias já compostas para Solo de Violão.

Rosa vermelha Aqui, imortalizada pelo violão de Dilermano Reis



Rosa vermelha Aqui na voz de Francisco Petrônio com Chico Moraes e Sua Orquestra and Coro
Música de Américo Jacomino e letra de José Fortuna



Ao te encontrar assim eu sei quanto tu és infeliz
Chego a sofrer também por lembrar o quanto eu já te quis
A minha mão te dei para te salvar do abismo
Mas foi tudo em vão, pois desprezaste o meu amor.

És flor do mal que o tempo desfolhou um céu azul, nublado
Este é o abismo de rosa, vulto a viver do pecado
Cedo mulher, porém, perdeste a paz porque te faltou carinho
E o sonho azul de um doce lar, mas é tarde demais para voltar.

Não, não quero ver-te, eu devo esquecer-te, a minha dor será maior
Se eu ver os lábios teus outra boca beijar, teu nome recorda
No jardim da vida, rosa uma flor que secou e por ti também meu coração murchou.


 Rosa vermelha E aqui, na versão cantada pela dupla Afilhados d’As Galvão.


                                                        
Música: Américo Jacomino (Canhoto) 
Letra: João do Sul

Ao amor em vão fugir
Procurei
Pois tu
Breve me fizeste ouvir
Tua voz, mentira deliciosa
E hoje é meu ideal
Um abismo de rosas
Onde a sonhar
Eu devo, enfim, sofrer e amar !

Mas hoje que importa
Se tu'alma é fria
Meu coração se conforta
Na tua própria agonia
Se há no meu rosto
Um rir de ventura
Que importa
o mudo desgosto
De minha dor assim,
Sem fim

Se minha esperança
O que não se alcança
Sonhou buscar
Devo calar
Hoje, meu sofrer
E jamais dele te dizer
O amor se é puro
Suporta obscuro
Quase a sorrir
A dor de ver,
A mais linda ilusão morrer.

Humilde, bem vês que vou,
A teus pés levar,
Meu coração que jurou,
Sempre ser, amigo e dedicado,
Tenha, embora, que viver,
Neste sonho enganado,
Jamais direi,
Que assim vivi, porque te amei!


* Fonte: mpbantiga.blogspot.com
barrinha_5

3 comentários:

Maria Aparecida disse...

Uma linda música, fiquei encantada com a estória e a época em que foi escrita.Com certeza será sempre um grande sucesso.

Anônimo disse...

Não sei como comentar sobre uma música tão linda e ,sublime. Adoro essa música

Anônimo disse...

Acabei de assistir o filme frances THE SEARCH, de 2014, sobre a invasão russa na Chechênia ...e ...grata surpresa... uma das músicas como fundo musical é justamente Abismo de Rosas !!!!😍😍

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