sexta-feira, 18 de março de 2011

SABOR DE VIDA
Aládia Pereira de Almeida


Eu amo a vida pelo que é a vida,
pela razão mais simples de viver,
sem me importar se árida é a lida,
se há mais dias de dor que de prazer.

Eu amo a vida mesmo na incerteza
do dia em que ela me abandonará;
sem pesar de deixar tanta beleza,
sem pensar, lá no Além, como será.

A vida é boa, é só saber vivê-la,
não desejar brilhar qual uma estrela,
nem também, como um verme se arrastar.

Saber chorar, se a dor nos atormenta,
sorrir, quando a alegria se apresenta,
compreender, esquecer e perdoar. 
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Imagem: Dimitri Danish (gondola reflections)

Sobre a autora:

Nasceu em Petrópolis - RJ, em 7/11/1936. Fez seu primeiro soneto aos 15 anos. Publicou os livros “Sonhos Azuis”, “Brumas da Tarde”, “Sereno Crepúsculo”, “É Noite, Afinal!”, todos de magníficos sonetos e outros poemas e o livro de crônicas “O Canto da Cambaxirra”. Com Doris Gelli produziu o volume “Serenata Imperial”. Integrante de várias academias e sociedades de letras do país, venceu concursos de poesia com primeiras colocações, tornando-se admirada e festejada como sonetista. Recebeu a honraria de Patrona Imortal da Academia Poética da E. M. Vila Felipe. Faleceu em 9 de dezembro de 2003. (Fonte >> daqui)

1 comentários:

Adilson Fonseca Costa disse...

Tive a honra de conhecer Aládia e seu ótimo livro Sonhos Azuis, que infelizmente foi extraviado. Tenho procurado por este livro, mas não consigo encontrar. Se tiverem informação sobre como adquirí-lo ficarei muito grato.

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