sábado, 2 de abril de 2011

NO VÉRTICE
Abgar Renault


No vértice de nunca e sempre, o ouvido
desconhece a surdez do lusco-fusco
e não compreende os pássaros do olvido
que compõem de ausências o crepúsculo;

formas, regressando do finito,
despem a pele de invernia e luto,
e ergue-se em prata a voz de morto mito;
chegam em carros de rodas de um minuto

pensamentos de fruto, rosas, face,
que em torno da lareira de ontem se amam;
a sombra acende-se; outro verde nasce;

e fábulas e sóis, em convivência,
dentro de adormecido olhar derramam
novas letras de sonho e de existência.

1097016nhde6cshft[1]

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Imagem da Internet, via Google

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