segunda-feira, 8 de dezembro de 2008


Bloco da Solidão
Intérprete: Thais Gulin
Composição: Evaldo Gouveia e Jair Amorim


Ángústia, solidão
Um triste adeus em cada mão
Lá vai, meu bloco vai
Só deste jeito é que ele sai
Na frente sigo eu
Levo um estandarte de um amor
Amor que se perdeu
No carnaval lá vai meu bloco
E lá vou eu também
Mais uma vez sem ter ninguém
No sábado e domingo
Segunda e terça-feira
E quarta feira vem
O ano inteiro é sempre assim
Por isso quando eu passar
Batam palmas para mim
Aplaudam quem sorrir
Trazendo lágrimas no olhar
Merece uma homenagem
Quem tem forças pra cantar
Tão grande é minha dor
Pede passagem quando sai
Comigo só
Lá vai meu bloco vai
Laiá, laiá, laiá
Laiá, laiá, laiá
Lalaiá, lalaiá
Laiá
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
poly_1

08/08/1920 São Paulo, SP
10/04/1985 São Paulo, SP

Compositor e multiinstrumentista (violão, cavaquinho, bandolim, banjo, contrabaixo, viola, guitarra havaiana). .
Desde os 10 anos, demonstrou habilidade com os instrumentos de cordas. Entre 1942 e 1944, serviu à Força Expedicionária Brasileira.
Começou sua carreira artística na década de 1930, em São Paulo, quando passou a acompanhar cantores populares de então: Januário de Oliveira, Paraguaçu e Arnaldo Pescuma. Em 1937, foi chamado para trabalhar no conjunto Regional da Rádio Difusora paulista, como violonista e solista de cavaquinho e bandolim. Na mesma época, integrou o conjunto vocal Grupo X, que concorria com o Bando da Lua. Compôs sua primeira música em 1939, uma valsa intitulada "Você", com letra de José Roberto Penteado, que nunca foi gravada. Foi esse parceiro que sugeriu o nome artístico Poli, abreviatura de Apolônio.
Em 1940, foi convidado pelo também multiinstrumentista Garoto para trabalhar em seu regional no Rio de Janeiro. Com o Regional de Garoto, atuou no Cassino Copacabana, na Rádio Clube do Brasil, na Rádio Mayrink Veiga e ainda gravou alguns discos. Em 1942, interrompeu suas atividades musicais para servir à FEB, só retornando dois anos depois. Em 1944, gravou seu primeiro disco solo, tocando guitarra havaiana interpretando os fox-troptes "Deep in the heart of Texas", de Don Swander e June Herchey e "Jingle, jangle, jungle", de J. L. Lilley e F. Loesser. [saiba mais]





https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZSTmZsMnJhcgOI5oWDLMsTRqGsZBLByu11SmfQAN6gV7r5SEbQZlVH8QFKEP4jdOlFk__AvJJdobsSj53Yam59PWWbdO7wkMRZzLPs8DRGvf1225QhEMV7f3GtGF02aLRUiGr6LobRonA/?imgmax=800

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Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos –
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.

Assim será a nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos –
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.

Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai –
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.

Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte –
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

[Poema de Natal - Vinicius de Moraes]

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
solidao_788  


 RETRATO PARA SER VISTO DE LONGE
 Francisco Carvalho

Sou um ser, o outro é metade
que não sabe de onde veio.
Sou treva, sou claridade.
Solidão partida ao meio
e entre os dois a eternidade.

Sei quem sou, não me conheço.
Parado, estou sempre indo
para um país sem regresso.
Sou fonte e estou me esvaindo,
fluir sem fim nem começo.

Coração partido ao meio,
pulsando em cada metade.
O lirismo do espantalho
a espuma do devaneio.
Entre os dois a eternidade.


Imagem da Internert, pelo Google

Sobre o autor:
Francisco Carvalho, nasceu em 1927, na cidade de Russas- Ceará
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

                                                                Fonte

Oh! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é - lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!

Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias de minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez de mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
De camisa aberta ao peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo,
E despertava a cantar!

Oh! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

foto_rara_mpb                                                                       imagem recebida da Lari

Clique na imagem para ampliar

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Van Gogh


Rebelde, inclinado à solidão, até mesmo insociável, van Gogh é um desajustado no seu lar, em sua terra e em sua sociedade.

Desde jovem, tem dificuldade em se adequar aos padrões e passa por diversos trabalhos, até que descobre sua verdadeira aptidão, a pintura. É ajudado por seu irmão mais novo Theodore, a quem chama carinhosamente de Theo. Foi seu amparo afetivo, emocional e econômico.

Em 1876, vive suas primeiras crises nervosas e tem na religião um refúgio. Resolve ser pastor. Mas nem assim ele se aquieta. Pregava pouco e se preocupava demais com os doentes e crianças.

Quando resolve pintar, Theo o ajuda, pois neste período é um dos dirigentes da Galeria Goupil. Theo está em Paris, o centro artístico. Com o dinheiro que ele manda, van Gogh estuda anatomia e perspectiva. Resolve pintar a sua terra e os homens simples. Não deseja fazer uma pintura clássica, pintar "gente que não trabalha". E diz:

"Eu não quero pintar quadros, quero pintar a vida".

Vida para ele são paisagens e gente, isto é, camponeses e mineiros, campo e trigais.

Em 1885/86, van Gogh está em Antuérpia, onde ele se apaixona definitivamente pela cor:

"O pintor do futuro será um colorista como nunca foi possível antes".

Era um excepcional artista que foi buscar lá fora, na própria natureza, o colorido, as formas revoltas, as árvores farfalhantes, as casas solitárias, os rostos sofridos, os corpos alquebrados, os céus estrelados, o amarelo dos girassóis e dos trigais, tudo com um brilho muito exagerado para ter mais expressão. Ele dizia:

"Procuro com o vermelho e o verde exprimir as mais terríveis paixões humanas. Quero pintar o retrato das pessoas como eu as sinto e não como eu as vejo".

Em 1888 (Arles) pinta ao ar livre. Quando chega o verão e o sol, van Gogh liberta as cores:

"Eu quero a luz que vem de dentro, quero que as cores representem as emoções".

A seu convite, Gauguin chega em Outubro, para trabalharem juntos. Seguem-se dois meses de trabalho duro é fértil para ambos. Mas a diferença de temperamento e de atitude diante da vida acaba explodindo numa inevitável desavença.

Van Gogh tem crises de humor, discute, agride o amigo, sofre de mania de perseguição e numa das crises tenta ferir Gauguin com uma navalha. Perde a luta, é levado para a cama em lágrimas e com descontrole muscular. Arrependido, corta, de propósito, um pedaço da orelha e manda num envelope à mulher que motivou a briga.

Recolhido ao hospital Saint-Paul para doentes nervosos, mais tarde pinta, diante do espelho , o Auto-retrato com a orelha cortada. Seu olhar é de espanto, mágoa e melancolia.

Em maio de 1889 ele mesmo pede ao irmão que o interne. Vai ao hospital de Saint-Rémy. Seu quarto do hospital é transformado em atelier.Pinta sem parar, e manda dizer ao irmão que está pintando bem. Pinta paisagens, o hospital, os doentes, as celas, o pátio e os médicos. Apesar de sua grande produção, vendeu um único quadro em sua vida toda.

Seus últimos quadros já mostram deformações mais fortes, pois van Gogh prefere pintar a sua própria realidade. Os trigais são turbulentos e inquietos, os ciprestes estão trêmulos, angustiantes, cheios de tensão, as oliveiras tornam-se exaltadas e torcidas.

No dia 27 de julho de 1890 sai para o campo de trigo com um revólver na mão. É domingo, o grão está dourado, o céu incrivelmente azul. Corvos muitos pretos gritam e fogem em revoada. Dias antes ele pintou esse quadro. No meio do campo dá um tiro no peito.

Vincent van Gogh com sua pintura contribuiu para a pintura moderna com a vitória da cor sobre o desenho, libertando a cor. Foi o precursor do Expressionismo.

Fonte

domingo, 30 de novembro de 2008
A canção vencedora IV Festival Internacional da Canção - 1969



CANTIGA POR LUCIANA
Comp.: Edmundo Souto e Paulinho Tapajós

Interpretação: Evinha

capa


01 - Cantiga Por Luciana - Evinha
(Edmundo Souto e Paulinho Tapajós)
02 - Juliana - Antônio Adolfo e A Brazuca (Antônio Adolfo e Tibério Gaspar)
03 - Visão Geral - Clara Nunes
(César Costa Filho, Ruy Maurity e Ronaldo Monteiro de Souza) 
04 - Razão de Paz Para Não Cantar - Quarteto Forma
(Eduardo Lages e Alesio Barros)
05 - Minha Marisa - Golden Boys
(Fred Falcão e Paulinho Tapajós)
06 - O Tempo e o Vento - Beth Carvalho
(Jorge Omar e Billy Blanco)
07 - Quem Mandou - Quarteto Forma
(Sergio Bittencourt e Eduardo Souto Neto)
08 - Ave Maria dos Retirantes - Clara Nunes
(Alcyvando Luz e Carlos Coquejo)
09 - Beijo Sideral - Marcos Valle
(Marcos Valle e Paulo Sergio Valle)
10 - Flor Manequim Depois Mulher - Taiguara e Quarteto Forma (Taiguara)


Vencedores:
1º lugar: Cantiga por Luciana - também 1º lugar na fase internacional;
2º lugar: Juliana
3º lugar: Visão geral
4º lugar: Razão de paz pra não cantar
5º lugar: Minha Marisa

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