terça-feira, 9 de dezembro de 2008

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Não está no céu a estrela. Está na terra.
Não indicará, o nascimento do Senhor
não prometerá o céu,
indicará o nascimento do homem
prometerá a terra.
Está na terra a estrela, há séculos enterrada
como um diamante - um filão de ouro ignorado
talvez uma lágrima.
Quando os homens a encontrarem, todos terão
e todos serão ricos.
Sou rico porque a encontrei: - aqui está a estrela da terra.
Faiscará nas minhas mãos como pepita na bateia,
coloquei-a na cabeça como lanterna de mineiro
para iluminar as galerias.
Não a procurarão os reis Magos, os poetas a procurarão,
não indicará o caminho do céu
indicará o caminho da terra.
Ricos serão os poetas que encontrarem a estrela da terra
porque cumprirão o seu destino
e transmitirão a sua mensagem.
Vinde, irmãos de todas as terras, eu vos ofereço a estrela da terra,
olhai a estrela no chão,
ela tem todas as cores como a luz
e irá à nossa frente, caminhará conosco.


[Estrela na Terra - JG de Araujo Jorge]

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Recebido por e-mail do meu amigo Narfe.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008


Bloco da Solidão
Intérprete: Thais Gulin
Composição: Evaldo Gouveia e Jair Amorim


Ángústia, solidão
Um triste adeus em cada mão
Lá vai, meu bloco vai
Só deste jeito é que ele sai
Na frente sigo eu
Levo um estandarte de um amor
Amor que se perdeu
No carnaval lá vai meu bloco
E lá vou eu também
Mais uma vez sem ter ninguém
No sábado e domingo
Segunda e terça-feira
E quarta feira vem
O ano inteiro é sempre assim
Por isso quando eu passar
Batam palmas para mim
Aplaudam quem sorrir
Trazendo lágrimas no olhar
Merece uma homenagem
Quem tem forças pra cantar
Tão grande é minha dor
Pede passagem quando sai
Comigo só
Lá vai meu bloco vai
Laiá, laiá, laiá
Laiá, laiá, laiá
Lalaiá, lalaiá
Laiá
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
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08/08/1920 São Paulo, SP
10/04/1985 São Paulo, SP

Compositor e multiinstrumentista (violão, cavaquinho, bandolim, banjo, contrabaixo, viola, guitarra havaiana). .
Desde os 10 anos, demonstrou habilidade com os instrumentos de cordas. Entre 1942 e 1944, serviu à Força Expedicionária Brasileira.
Começou sua carreira artística na década de 1930, em São Paulo, quando passou a acompanhar cantores populares de então: Januário de Oliveira, Paraguaçu e Arnaldo Pescuma. Em 1937, foi chamado para trabalhar no conjunto Regional da Rádio Difusora paulista, como violonista e solista de cavaquinho e bandolim. Na mesma época, integrou o conjunto vocal Grupo X, que concorria com o Bando da Lua. Compôs sua primeira música em 1939, uma valsa intitulada "Você", com letra de José Roberto Penteado, que nunca foi gravada. Foi esse parceiro que sugeriu o nome artístico Poli, abreviatura de Apolônio.
Em 1940, foi convidado pelo também multiinstrumentista Garoto para trabalhar em seu regional no Rio de Janeiro. Com o Regional de Garoto, atuou no Cassino Copacabana, na Rádio Clube do Brasil, na Rádio Mayrink Veiga e ainda gravou alguns discos. Em 1942, interrompeu suas atividades musicais para servir à FEB, só retornando dois anos depois. Em 1944, gravou seu primeiro disco solo, tocando guitarra havaiana interpretando os fox-troptes "Deep in the heart of Texas", de Don Swander e June Herchey e "Jingle, jangle, jungle", de J. L. Lilley e F. Loesser. [saiba mais]





https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZSTmZsMnJhcgOI5oWDLMsTRqGsZBLByu11SmfQAN6gV7r5SEbQZlVH8QFKEP4jdOlFk__AvJJdobsSj53Yam59PWWbdO7wkMRZzLPs8DRGvf1225QhEMV7f3GtGF02aLRUiGr6LobRonA/?imgmax=800

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Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos –
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.

Assim será a nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos –
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.

Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai –
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.

Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte –
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

[Poema de Natal - Vinicius de Moraes]

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
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 RETRATO PARA SER VISTO DE LONGE
 Francisco Carvalho

Sou um ser, o outro é metade
que não sabe de onde veio.
Sou treva, sou claridade.
Solidão partida ao meio
e entre os dois a eternidade.

Sei quem sou, não me conheço.
Parado, estou sempre indo
para um país sem regresso.
Sou fonte e estou me esvaindo,
fluir sem fim nem começo.

Coração partido ao meio,
pulsando em cada metade.
O lirismo do espantalho
a espuma do devaneio.
Entre os dois a eternidade.


Imagem da Internert, pelo Google

Sobre o autor:
Francisco Carvalho, nasceu em 1927, na cidade de Russas- Ceará
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

                                                                Fonte

Oh! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é - lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!

Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias de minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez de mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
De camisa aberta ao peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo,
E despertava a cantar!

Oh! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

foto_rara_mpb                                                                       imagem recebida da Lari

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