quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

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Com o enredo "Estrelas em poesia! Livros de contos, crônicas e fantasias... Mocidade apresenta: Clube Literário Machado de Assis", a Mocidade Independente de Padre Miguel entra na avenida no domingo de carnaval (22 de Fevereiro), homenageando Machado de Assis e Guimarães Rosa.

Capitu e Riobaldo, Diadorim e Bentinho, todos juntos numa homenagem a dois grandes escritores brasileiros.
"O gancho que une esses dois escritores é o ano de morte de Machado, 1908, que coincide com o nascimento de Guimarães Rosa. Por isso, retratamos a obra de ambos no nosso desfile". A Marquês de Sapucaí vai se transformar em verso e prosa", promete o carnavalesco Cláudio Cavalcante, o Cebola.
Entre as atrações que a verde-e-branca prepara em seu desfile, está a apresentação do grupo de teatro Nós no Morro, que encenará o espetáculo "Machado 3 X 4" na segunda alegoria, que retrata a vida do autor de "Dom Casmurro". Capitu, sua célebre personagem, será representada no desfile, segundo o carnavalesco, pela atriz Maria Fernanda Cândido, que já a incorporou na minissérie homônima, exibida em dezembro passado. Já o ator Stepan Nercessian viverá Guimarães Rosa.
A Academia Brasileira de Letras (ABL), fundada por Machado de Assis, será lembrada numa grande alegoria que reproduzirá a fachada do prédio. A comissão de frente, coordenada pelo coreógrafo Fábio de Mello, também se inspira nos grandes acadêmicos. Os integrantes, devidamente paramentados de literatos imortais, tomarão o famoso chá das cinco em plena Marquês de Sapucaí.
"Durante esse chá, muita coisa vai acontecer. Vários personagens vão surgir", adianta o carnavalesco.

Fonte:
http://g1.globo.com/Carnaval2009

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

No_Cafe 
                                            Renoir


AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER
LUÍS VAZ DE CAMÕES

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009



Olhos Nos Olhos
Intérprete: Chico Buarque
Composição: Chico Buarque

Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando, sem mais, nem por quê
Tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos
Quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz

Fonte do vídeo
poetica e cotidiana
domingo, 25 de janeiro de 2009

ze_renato_1

Compositor respeitado e cantor amadurecido na dura disciplina dos conjuntos vocais, em décadas de Boca Livre, já como solista, Zé Renato havia reinterpretado a obra de Silvio Caldas, de Zé Kéti e de Chico Buarque em discos notáveis, com prêmios e criticas consagradoras. Agora ele oferece a mais bonita, elegante e sofisticada releitura da Jovem Guarda já feita até hoje. E a mais surpreendente.

Com produção precisa e inventiva de Dé Palmeira, o disco é uma seleção de clássicos aparentemente ingênuos e simplórios da Jovem Guarda, vestidos luxuosamente por arranjos e instrumentações que dão um tratamento rítmico e harmônico moderno e sofisticado às popularíssimas canções que embalaram os jovens dos anos 60. [Nelson Motta]

Leia mais no site do cantor
http://www.zerenato.com.br

É TEMPO DE AMAR – 2008
capa

1. É Tempo de Amar (Pedro Camargo/José Ari)
2. Coração de Papel (Sérgio Reis)
3. Eu Não Sabia Que Você Existia (Renato Barros/Toni)
4. Por Você (Vinicius de Moraes/Francisco Enoé)
5. Lobo Mau (Ernest Mareska/vers. Hamilton di Giorgio)
6. Com Muito Amor e Carinho (Chil Deberto/Eduardo Araújo)
7. Não Há Dinheiro Que Pague (Renato Barros)
8. Nossa Canção (Luiz Ayrão)
9. Quero Ter Você Perto de Mim (Neneo)
10. Ninguém Vai Tirar Você de Mim (Hélio Justo/Edson Ribeiro)
11. Custe o Que Custar (Hélio Justo/Edson Ribeiro)
12. O Tempo Vai Apagar (Paulo César Barros/Getúlio Cortes)
13. A Última Canção (Carlos Roberto)

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Maysa era uma mulher fascinante que não aceitava que lhe colocassem rédeas. Com coragem, desafiou os padrões sociais de uma época e fez história. Enfrentou oposições e críticas, em nome de um sonho: o de expor sua arte, de cantar e encantar platéias com sua música.

Educada em regime de internato em colégio de freiras, Maysa contestava os limites e regras desde pequena. Aos 13, já se maquiava. Na adolescência, causava polêmica ao usar calças compridas e fumar na rua. Nessa época, suas composições ainda ficavam restritas aos diários e anotações íntimas. Cantava apenas em casa, nas muitas festas que seus pais, Inah e Monja , ofereciam.

Aos 17 anos, Maysa casou-se com o bilionário André Matarazzo, um poderoso empresário da indústria brasileira e um homem quase 20 anos mais velho que ela. Com ele, teve seu único filho: Jayme Monjardim Matarazzo. Após alguns anos, ocorreu o divórcio.

Maysa morreu prematuramente em um acidente de carro na ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro, aos 40 anos, no dia 22 de janeiro de 1977. Muitos são os rumores que surgiram em torno do acidente, mas a verdade é que sua morte foi uma fatalidade.

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                                                                 Imagem: Bete Brito


in: FRAGMENTO DE UM DISCURSO AMOROSO
ROLAND BARTHES

Seja para querer provar seu amor, seja para se esforçar em decifrar se o outro o ama, o sujeito apaixonado não tem à sua disposição nenhum sistema de signos seguros. O gesto do abraço amoroso parece realizar por um momento, para o sujeito, o sonho de união total com o ser amado. Entretanto, no meio desse abraço infantil, surge infalivelmente o genital; ele corta a sensualidade difusa do abraço incestuoso; a lógica do desejo se põe em movimento, retorna o querer-possuir, o adulto se sobrepõe à criança. Sou então dois sujeitos ao mesmo tempo: quero a maternidade e a genitalidade (o enamorado poderia ser definido: uma criança com tesão retesando seu arco: como o jovem Eros).

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                                                         Imagem da Internet

PROCURA
DORA BRISA

Quero ouvir aquela canção
Que canta o amor, a paz,
O olhar, o perdão,
E muito mais...

Não é essa música, não,
Nem aquela lançada ano passado...
É outra, que fala de tudo do coração,
Extingue a palavra pecado...

Também quero aquela poesia
Que fala de outros tempos,
Do nosso dia-a-dia,
Quando voávamos com outros ventos...

Não, não é aquela poesia,
Porque falta alguma coisa nela:
Talvez uma rede vazia,
Ou uma esperança na janela...

Quero música, poesia,
Procuro-as por todo lugar,
Mas nada preenche minha busca vazia,
E louca continuo a pesquisar...

Cansada de vasculhar,
Deixo minha procura, enfim...
Sozinha, busco o caminho do mar:
Eis a música e a poesia dentro de mim...

caminho_fazenda_ito_bete_brito  
                                                 Imagem: Bete Brito

POEMA DE AMOR
NUNO JÚDICE

O céu, as linhas de luz na água,
caminhos diferentes para o coração.
A queda de sons diversos na atenta coincidência
dos ouvidos. A relação de uma límpida tarde
com um movimento de ombros, junto do teu corpo,
na luminosa sequência da tua voz.
Um andar divino de transparente espectro
sobre o fundo de árvores;
o acentuar da impressão dos teus olhos
na quente atmosfera estagnada.
Mas o súbito levantar do vento dissipou
a primitiva aparência. Um canto lívido
de mortas recordações apenas subsistiu,
o indefinido desgosto dos teus braços,
o remorso de gestos incompletos
que a memória suspende.
Nem me espanto já com a tua proximidade.
Bem vindos, decompostos lábios!
O ranger da cama sobrepõe-se
ao ruído das cigarras.

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