terça-feira, 8 de setembro de 2009
narafranca
                                                             Foto de Nara França
A ÚNICA NUVEM
Luísa Ribeiro

A única nuvem que existe está
sobre o meu pátio — esquadria
da minha pele por escurecer. O tempo

não vibra a meu favor não apanha as estrelas
imaginadas para ti nem recolhe as flores
selvagens do teu sangue

permanece a nuvem e eu existo
no trapézio das tuas perigosas mãos.
domingo, 6 de setembro de 2009

Reportagem feita pela Globo sobre canção de Raul Seixas revivida pelo produtor musical Marco Mazzola, feita em 74 que foi barrada pela ditadura militar.

GOSPEL
Raul Seixas 
Arranjos: Frejat com voz do Raul Seixas
Composição: Raul Seixas

Por que que o sol nasceu de novo e não amanheceu?
Por que que tanta honestidade no espaço se perdeu?
Por que que o Cristo não desceu lá do céu e o veneno só tem gosto de mel?
Por que que a água não matou a sede de quem bebeu?

Por que que eu passo a vida inteira com medo de morrer?
Por que que os sonhos foram feitos pra gente não viver?
Por que que a sala fica sempre arrumada se ela passa o dia inteiro fechada?
Por que que eu tenho a caneta e não consigo escrever? (Escrever)

Por que que existem as canções que ninguém quer cantar?
Por que que sempre a solidão vem junto com o luar?
Por que que aquele que você quer também já tem sempre ao teu lado outro alguém?
Por que que eu gasto tempo sempre sempre a perguntar? (A perguntar)

Por que que eu passo a vida inteira com medo de morrer?
Por que que os sonhos foram feitos pra gente não viver?
Por que que a sala fica sempre arrumada se ela passa o dia inteiro fechada?
Por que que eu tenho a caneta e não consigo escrever? (Escrever)

Por que que existem as canções que ninguém quer cantar?
Por que que sempre a solidão vem junto com o luar?
Por que que aquele que você quer também já tem sempre ao teu lado outro alguém?
Por que que eu gasto tempo sempre sempre a perguntar? (A perguntar)


Album do Picasa com 40 imagens lindas, no tamanho 1920x1200.
Entre e escolha a sua preferida, ou baixe todas!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009


Até Quem Sabe?
Intérprete: Leila Pinheiro
Comp.: João Donato e Lysias Enio

até um dia até talvez
até quem sabe?
até voce sem fantasia
sem mais saudade

agora a gente tão derrepente
nem mais se entende
nem mais pretende
seguir fugindo
seguir-se rindo

agora vou pra onde for
sem mais voce
sem me querer
sem nem mesmo ser
sem entender

vou me beber, vou me perder pela cidade
até um dia, até talvez... até quem sabe?

a_pipa_Robert Portoqua
                                             Robert Portoqua*
CONVITE
José Paulo Paes

Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.

Só que
bola, papagaio, pião
de tanto brincar
se gastam.

As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.

Como a água do rio
que é água sempre nova.

Como cada dia
que é sempre um novo dia.

Vamos brincar de poesia?




José Paulo Paes nasceu em Taquaritinga SP, em 1926.
Toda sua obra poética foi reunida, em 1986, sob o título Um por todos.
Em 1987 dirigiu uma oficina de tradução de poesia na UNICAMP. Faleceu no dia 09.10.1998

* imagem: Robert Portoquá
sob licença
quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A Voz da Poesia apresenta hoje o poeta mineiro

 ABGAR RENAULT
 

Professor, político, poeta, ensaísta e tradutor
Nasceu em 15/04/1901
Cidade: Barbacena - Estado: Minas Gerais
Faleceu: 31/12/1995 no Rio de Janeiro - RJ

"Vós, poetas, não sabeis o amargo de ser ou não ser poeta quando o mundo em dor se alarga e em água se reduz e cintila, quando o amor em nossa carne viva morde a sua garra ou seta, ou quando, na hora mais morta da noite, entre mar e mar, a vida só existe no olhar intenso da treva a escrutar dentro da insônia grávida o que fizemos da nossa vida."

Visite a página do poeta >> AQUI 

ou copie e cole no navegador:
http://www.avozdapoesia.com.br/abgarrenault/index.php

 

Sinal Fechado
Interp.: Simone e Dulce Pontes

Composição: Paulinho da Viola

Olá, como vai?
Eu vou indo e você, tudo bem?
Tudo bem eu vou indo correndo
Pegar meu lugar no futuro, e você?
Tudo bem, eu vou indo em busca
De um sono tranquilo, quem sabe...
Quanto tempo... pois é...
Quanto tempo...
Me perdoe a pressa
É a alma dos nossos negócios
Oh! Não tem de quê
Eu também só ando a cem
Quando é que você telefona?
Precisamos nos ver por aí
Pra semana, prometo talvez nos vejamos
Quem sabe ?
Quanto tempo... pois é... (pois é... quanto tempo...)
Tanta coisa que eu tinha a dizer
Mas eu sumi na poeira das ruas
Eu também tenho algo a dizer
Mas me foge a lembrança
Por favor, telefone, eu preciso
Beber alguma coisa, rapidamente
Pra semana
O sinal...
Eu espero você
Vai abrir...
Por favor, não esqueça,
Adeus...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Beverly_Bennington_heavenly_lights
                                            Beverly Bennington

PEQUENO AVISO
Emily Dickinson

Dizem que o tempo ameniza.

Isto é faltar com a verdade.
Dor real se fortalece
Como os músculos, com a idade.

É um teste no sofrimento
Mas não o debelaria.
Se o tempo fosse remédio
Nenhum mal existiria

LEIA MAIS EMILY DICKSINSON >> AQUI

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