domingo, 20 de setembro de 2009

magmah_avp 
MAGMAH, é o pseudônimo da gaúcha SARA REIS, que estreia na Voz da Poesia. Ela se apresenta assim:

“Meu eu lírico é vulcânico, irracional e vive noutro mundo, uma espécie de universo paralelo. É apaixonado, intenso, egocêntrico e voraz.
Daí o pseudônimo, inspirado no “magma” que é rocha ígnea localizada no interior da terra, que está em constante estado de ebulição e só é lançada à superfície pela atividade de um vulcão (sempre iminente) e de cuja solidificação se formam pedras preciosas.

Mas eu própria não passo de uma menina, nascida nos pagos gaúchos, que ama poesia e gosta do exercício lírico como distração e desabafo.”

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florbela_espanca 
Florbela de Alma Conceição Espanca

Nasceu: 8/12/1894
Vila Viçosa - Portugal
Suicidou-se em 8/12/1930 em Matosinhos - Portugal

Fernando Pessoa, em um poema datilografado e não datado de nome "À memória de Florbela Espanca", descreve-a como "«alma sonhadora / Irmã gêmea da minha!»".

Florbela Espanca estudou em Évora, onde concluiu em 1917 o curso liceu, matriculando-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. É por essa altura que publica as suas primeiras poesias. Tendo casado várias vezes e tendo sido em todas elas infeliz, começou a consumir estupefacientes. Só depois da sua morte é que a poetiza viria a ser conhecida do grande público, tendo contribuído para isso a publicação de Charneca em Flor (1930) pelo professor italiano Guido Batelli.

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sábado, 19 de setembro de 2009

Claude_Theberge_Amour
                                            Claude Theberge

I – GOSTO DE TI
Florbela Espanca

Gosto de ti apaixonadamente,
De ti que és a vitória, a salvação,
De ti que me trouxeste pela mão
Até ao brilho desta chama quente.

A tua linda voz de água corrente
Ensinou-me a cantar... e essa canção
Foi ritmo nos meus versos de paixão,
Foi graça no meu peito de descrente.

Bordão a amparar minha cegueira,
Da noite negra o mágico farol,
Cravos rubros a arder numa fogueira!

E eu, que era neste mundo uma vencida,
Ergo a cabeça ao alto, encaro o sol!
- Águia real, apontas-me a subida!

©Florbela Espanca
In Charneca em flor, 1931

+ FLORBELA ESPANCA >> AQUI

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

avp_narfe

NARDÉLIO FERNANDES LUZ
(Fantasma_MG)

O escritor e poeta Nardélio Fernandes Luz é autodidata. Nasceu em 06/01, na pequena Pratinha, no interior de Minas Gerais, mas é radicado em Uberlândia desde a adolescência. Exerceu as profissões de funileiro e soldador industrial até 1998, quando aos 31 anos mergulhou em um rio raso e fraturou a cervical, tendo como sequela uma lesão medular irreversível, que o deixou tetraplégico. Descobriu o amor pela literatura ainda na infância e, embora tenha escrito inúmeras cartas e outros textos na juventude sonhadora, levava uma vida corrida e só tomou verdadeiramente o gosto pela escrita, com o tempo proporcionado pela paralisia.

Para saber mais do poeta clique aqui > A VOZ DA POESIA

ou copie e cole no seu navegador:
http://www.avozdapoesia.com.br/nardeliofernandesluz

segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Intimate_Dress
                                                          Pintura de Pino Daeni

ESTA MANHÃ ENCONTREI O TEU NOME
Maria do Rosário Pedreira

 
Esta manhã encontrei o teu nome nos meus sonhos
e o teu perfume a transpirar na minha pele. E o corpo
doeu-me onde antes os teus dedos foram aves
de verão e a tua boca deixou um rasto de canções.

No abrigo da noite, soubeste ser o vento na minha
camisola; e eu despi-a para ti, a dar-te um coração
que era o resto da vida - como um peixe respira
na rede mais exausta. Nem mesmo à despedida

foram os gestos contundentes: tudo o que vem de ti
é um poema. Contudo, ao acordar, a solidão sulcara
um vale nos cobertores e o meu corpo era de novo
um trilho abandonado na paisagem. Sentei-me na cama

e repeti devagar o teu nome, o nome dos meus sonhos,
mas as sílabas caíam no fim das palavras, a dor esgota
as forças, são frios os batentes nas portas da manhã.
domingo, 13 de setembro de 2009

Hoje o carinho especial vai para Rosany Costa (Plenytude): SAÚDE, PAZ, AMOR E POESIA. Sempre!

Feliz Aniversário!

brinde

E Vinicius de Moraes, para não perder o costume:

SONETO DE ANIVERSÁRIO

Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.

Rio de Janeiro, 1942
in Antologia Poética
in Livro de Sonetos
in Poesia completa e prosa: "Poesia varia"

terça-feira, 8 de setembro de 2009
narafranca
                                                             Foto de Nara França
A ÚNICA NUVEM
Luísa Ribeiro

A única nuvem que existe está
sobre o meu pátio — esquadria
da minha pele por escurecer. O tempo

não vibra a meu favor não apanha as estrelas
imaginadas para ti nem recolhe as flores
selvagens do teu sangue

permanece a nuvem e eu existo
no trapézio das tuas perigosas mãos.
domingo, 6 de setembro de 2009

Reportagem feita pela Globo sobre canção de Raul Seixas revivida pelo produtor musical Marco Mazzola, feita em 74 que foi barrada pela ditadura militar.

GOSPEL
Raul Seixas 
Arranjos: Frejat com voz do Raul Seixas
Composição: Raul Seixas

Por que que o sol nasceu de novo e não amanheceu?
Por que que tanta honestidade no espaço se perdeu?
Por que que o Cristo não desceu lá do céu e o veneno só tem gosto de mel?
Por que que a água não matou a sede de quem bebeu?

Por que que eu passo a vida inteira com medo de morrer?
Por que que os sonhos foram feitos pra gente não viver?
Por que que a sala fica sempre arrumada se ela passa o dia inteiro fechada?
Por que que eu tenho a caneta e não consigo escrever? (Escrever)

Por que que existem as canções que ninguém quer cantar?
Por que que sempre a solidão vem junto com o luar?
Por que que aquele que você quer também já tem sempre ao teu lado outro alguém?
Por que que eu gasto tempo sempre sempre a perguntar? (A perguntar)

Por que que eu passo a vida inteira com medo de morrer?
Por que que os sonhos foram feitos pra gente não viver?
Por que que a sala fica sempre arrumada se ela passa o dia inteiro fechada?
Por que que eu tenho a caneta e não consigo escrever? (Escrever)

Por que que existem as canções que ninguém quer cantar?
Por que que sempre a solidão vem junto com o luar?
Por que que aquele que você quer também já tem sempre ao teu lado outro alguém?
Por que que eu gasto tempo sempre sempre a perguntar? (A perguntar)

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