quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Hallelujah
Comp.: Leonard Cohen
Intérprete: Katherine Jenkins

I've heard there was a secret chord
That David played and it pleased the lord
But you don't really care for music, do you?
It goes like this: the fourth, the fifth
The minor fall, the major lift
The baffled king composing Hallelujah

Hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah

Your faith was strong, but you needed proof
You saw her bathing on the roof
Her beauty and the moonlight overthrew you
She tied you to a kitchen chair
And she broke your throne and she cut your hair
And from your lips she drew the Hallelujah

Hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah

Now, maybe there's a god above
As for me, all I ever learned from love
Is how to shoot at someone who outdrew you
But it's not a crime that you're here tonight
It's not some pilgrim who claims to have seen the light, no
It's a cold and it's a very broken Hallelujah

Hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah

Hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah

Oh, people, I've been here before
I know this room and I've walked this floor
You see, I used to live alone before I knew you
And I've seen your flag on the Marble Arch
But listen love, love is not some kind of victory march, no
It's a cold and it's a very lonely Hallelujah

Hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah

There was a time you let me know
What's really going on below
But now, now you never even show it to me, do you?
I remember when I moved in you
And the holy dove, she was moving too
And every single breath that we drew was Hallelujah

Hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah

I've done my best, I know it wasn't much
I couldn't feel, so I learned to touch
I've told the truth, I didn't come here to fool you
And even though it all went wrong
I'll stand right here, before the Lord of Song
With nothing, nothing on my tongue but Hallelujah

Hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah

Hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah
Aleluia


TRADUÇÃO

Eu ouvi dizer que havia um acorde secreto
Que Davi tocava e agradava ao Senhor
Mas você não liga muito para música, não é?
É assim: a quarta, a quinta
A menor cai, a maior ascende
O rei perplexo compondo Aleluia

Aleluia, Aleluia
Aleluia, Aleluia

Sua fé era forte, mas você precisava de provas
Você a viu se banhando no telhado
A beleza dela e o luar arruinaram você
Ela te amarrou à cadeira da cozinha
E ela destruiu seu trono e cortou seu cabelo
E dos seus lábios ela tirou o Aleluia

Aleluia, Aleluia
Aleluia, Aleluia

Agora, talvez haja um deus acima
Quanto a mim, tudo o que eu aprendi sobre o amor
É como atirar em alguém que sacou a arma primeiro
Mas não é um crime você estar aqui esta noite
Não é um peregrino que alega ter visto a luz, não
É um Aleluia frio e muito sofrido

Aleluia, Aleluia
Aleluia, Aleluia

Aleluia, Aleluia
Aleluia, Aleluia

Ah, pessoal, eu já estive aqui antes
Eu conheço este quarto e já pisei este chão
Veja, eu costumava viver sozinho antes de te conhecer
E eu vi sua bandeira no Marble Arch
Mas escute, amor, o amor não é como uma marcha de vitória, não
É um Aleluia frio e muito solitário

Aleluia, Aleluia
Aleluia, Aleluia

Houve um tempo em que você me deixava saber
Tudo o que realmente acontecia
Mas agora você nunca me mostra isso, não é?
Eu me lembro de quando entrei em você
E a pomba sagrada entrou também
E cada suspiro que dávamos era um Aleluia

Aleluia, Aleluia
Aleluia, Aleluia

Eu fiz o meu melhor, eu sei que não foi muito
Eu não podia sentir, então eu aprendi a tocar
Eu disse a verdade, eu não vim aqui para te enganar
E mesmo que tudo tenha dado errado
Eu estarei aqui, diante do Senhor da Música
Com nada, nada em meus lábios além de Aleluia

Aleluia, Aleluia
Aleluia, Aleluia

Aleluia, Aleluia
Aleluia, Aleluia

Fonte do vídeo
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

 image

 PEDIDO
Cecília Meireles


Armem rede entre as estrelas,
para um descanso secular!
Os conhecidos – esquecê-los.
E os outros, nem imaginar.
Armem a rede!

Chamem o vento, um grande vento
aéreo leão, para amarrar
sua juba de esquecimento
a esta rede, entre Deus e o mar.
Chamem o vento!

Não falem nunca mais daquela
que oscila, invisível, pelo ar.
Não digam se foi triste ou bela
sua vocação de cantar!
Não falem nela. 

Cecília Meireles
in Mar Absoluto
Imagem: pintura de Pino Daeni
Leia mais da autora >
A Voz da Poesia

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O cântico celebra a união do rio para o mar e a Deusa do Mar, Yemaya.


As religiões afro-americanas eram transmitidas como parte de uma longa tradição oral, há muitas variações regionais em nome da divindade. Ela é representada com Nossa Senhora.

África: Yemoja, Ymoja, Yemowo
Brasil: Yemanjá, Iemanjá, Janaína
Cuba: Yemaya, Yemayah, Iemanya
Haiti: La Sirène, LaSiren (no Vodou)
USA (New Orleans Voodoo): Yemalla, Yemana
Uruguai: Imanja

Em alguns lugares, Yemaya é sincretizada com outras divindades:

Mami Wata
A Deusa do Mar
Mermaid Deusa do Mar

 

Fonte: Wikipedia

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

image

CAPRICHO
Castro Alves

Ai! Quando
Brando
Vai o vento
Lento

À lua
Nua
Perpassar sutil;

E a estrela
Vela,
E sobr'a linfa
A ninfa
Suspira
Mira
O divinal perfil;

Num leito
Feito
De cheirosas
Rosas,
Risonhos
Sonhos
Sonharemos nós;

Revoltos,
Soltos
Os cabelos
Belos,
Vivace
A face,
Tremulante a voz

Cantos
E prantos
Que suspira
A lira,
A alfombra,
À sombra,
Encontrarei pra ti;

Celuta,
Escuta
De meu seio
O enleio...
Vem, linda,
Ainda
Há solidões aqui.

Linda

Castro Alves na A Voz da Poesia

Imagem: pintura de Pino Daeni

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

card_bertoldtbrecht1

domingo, 23 de janeiro de 2011

Alexander_Volkov_AprilThunderlg

 MEUS VERSOS
Albano martins

Meus versos, gritos do vento nas ramagens,
são a minha própria alma angustiada
a refletir imagens
duma lenda, em mim iniciada.

São a ternura destas mãos que escrevem
desatinadas palavras de ansiedade.
Meus versos são a voz da minha voz, a margem
que há entre o sonho e a realidade.

Meus versos
são encontros da sombra com a luz.
São perfis irregulares, talhados
na emoção que os revela e os traduz.

Meus versos
são distâncias várias dum único caminho.
Pássaros que abandonaram
o calor e o âmbito do ninho.

smallRose

Albano Dias Martins nasceu em 1930 na província da Beira Baixa, Portugal. Formado em Filologia Clássica, foi professor do Ensino Secundário de 1956 a 1976. Exerce o cargo de Inspector-coordenador da Inspecção-Geral do Ensino.

Imagem: pintura de Alexander Volkov

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
foto-bebes-da-parmalat-01
AS INGÊNUAS, DELICIOSAS MENTIRAS
Adelmar Tavares

Que bem fazem à gente certas mentiras
Essas pequenas, ingênuas deliciosas mentiras...
Essas mentirinhas bebês,
redondinhas, rosadas e frescas...
A dos médicos para seus enfermos desenganados:
— "Mas está excelente! Vai sarar!"
A dos amigos para os nossos poemas:
— "Cortei na revista... Guardei-o comigo".
E sobre todas, as da criatura amada
que justifica, no reclamo da saudade:
— "Sonhei contigo a noite inteira... e estou intranqüila... Vem!..."
Meu Deus do Céu, que imenso bem!...
A gente tem vontade de pegar essas mentirinhas como aos bebês,
redondinhas, rosadas e frescas,
e atirá-las para o alto, pelos braços,
às momices e aos beijos...
— "De quem é essa mentirinha mais bonita do mundo?
— "De quem é essa mentirinha tão querida, gente?"
E depois, num abraço bem apertado, numa efusão,
enterrá-las, como um tesouro de felicidade,
no coração.
♥  ♥  ♥
Imagem: “Bebês da Parmalat”, by Google

monet

A VOZ QUE NOS RASGOU POR DENTRO
Nuno Judice

De onde vem - a voz que
nos rasgou por dentro, que
trouxe consigo a chuva negra
do outono, que fugiu por
entre névoas e campos
devorados pela erva?

Esteve aqui — aqui dentro
de nós, como se sempre aqui
tivesse estado; e não a
ouvimos, como se não nos
falasse desde sempre,
aqui, dentro de nós.

E agora que a queremos ouvir,
como se a tivéssemos re-
conhecido outrora, onde está? A voz
que dança de noite, no inverno,
sem luz nem eco, enquanto
segura pela mão o fio
obscuro do horizonte.

Diz: "Não chores o que te espera,
nem desças já pela margem
do rio derradeiro. Respira,
numa breve inspiração, o cheiro
da resina, nos bosques, e
o sopro húmido dos versos."

Como se a ouvíssemos.

 

©Nuno Júdice
In Meditação sobre Ruínas
Imagem: pintura de Monet

Related Posts with Thumbnails

Poética

Poesias

Poetas

Vídeos

A Voz aqui

A Poética dos Amigos

Pesquisar neste blog

Rádio

Arquivos