quinta-feira, 17 de maio de 2012

EXPERIÊNCIA
Flora Figueiredo

É possível viver um amor em sustenido:
basta que ele seja
mais amante que marido
e que tenha na mulher,
a namorada.
Aquela que ganha a lua
enfeitada
dos brilhos azulados da manhã.
Às vezes fêmea, às vezes fada, quem sabe irmã.
E que deitada
num colchão de encantos,
possa lamber o mel da vida.
Quando saciada,
envolva a beleza de ternuras tantas,
que não falte então mais nada
pra que num espaço mais curto
que o minuto,
possa escrever a estória mais perfeita
que já foi feita sobre o amor absoluto.


Flora Figueiredo
In Calçada de Verão
domingo, 13 de maio de 2012

o-melhor-de-mim

Meu presente deste Dia das Mães!

Porque meu presente diário é você! Coração vermelho Rosa vermelha

Sobre o livro: (que já comecei a ler)

Na primavera de 1984, os estudantes Amanda Collier e Dawson Cole se apaixonaram perdidamente. Embora vivessem em mundos muito diferentes, o amor que sentiam um pelo outro parecia forte o bastante para desafiar todas as convenções de Oriental, a pequena cidade em que moravam.

Nascido em uma família de criminosos, o solitário Dawson acreditava que seu sentimento por Amanda lhe daria a força necessária para fugir do destino sombrio que parecia traçado para ele. Ela, uma garota bonita e de família tradicional, que sonhava entrar para uma universidade de renome, via no namorado um porto seguro para toda a sua paixão e seu espírito livre. Infelizmente, quando o verão do último ano de escola chegou ao fim, a realidade os separou de maneira cruel e implacável.

Vinte e cinco anos depois, eles estão de volta a Oriental para o velório de Tuck Hostetler, o homem que um dia abrigou Dawson, acobertou o namoro do casal e acabou se tornando o melhor amigo dos dois.

Seguindo as instruções de cartas deixadas por Tuck, o casal redescobrirá sentimentos sufocados há décadas. Após tanto tempo afastados, Amanda e Dawson irão perceber que não tiveram a vida que esperavam e que nunca conseguiram esquecer o primeiro amor. Um único fim de semana juntos e talvez seus destinos mudem para sempre.

Num romance envolvente, Nicholas Sparks mostra toda a sua habilidade de contador de histórias e reafirma que o amor é a força mais poderosa do Universo - e que, quando duas pessoas se amam, nem a distância nem o tempo podem separá-las.

Sobre o autor:

Sparks é a mente por traz de algumas das histórias de amor mais comoventes escritas nas últimas décadas. São do escritor, por exemplo, os títulos "Um Amor para Recordar", "Diário de Uma Paixão" e "Querido John". Todos adaptados com grande sucesso por Hollywood, em filmes capazes de fazer até marmanjos chorarem.

sábado, 12 de maio de 2012

O colar mais precioso, com que se orna uma mãe, são os braços de seus filhos.

(Cunha Matos)

Imagem: tela de Elizabeth Louise Vigée-LeBrun

sexta-feira, 4 de maio de 2012

FANTASIA
Alfredo Brochado


Há uma mulher em toda a minha vida,
Que não se chega bem a precisar.
Uma mulher que eu trago em mim perdida,
Sem a poder beijar.

Há uma mulher na minha vida inquieta.
Uma mulher? Há duas, muitas mais,
Que não são vagos sonhos de poeta,
Nem formas irreais.

Mulheres que existem, corpos, realidade,
Têm passado por mim, humanamente,
Deixando, quando partem, a saudade
Que deixa toda a gente.

Mas coisa singular, essa que eu não beijei,
É quem me ilude, é quem me prende e quer.
Com ela sonho e sofro... Só não sei
Quem é essa mulher.

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Sobre o autor:

Alfredo Monteiro Brochado, nasceu na freguesia de S. Gonçalo, Concelho de Amarante a 3 de Fevereiro de 1897
Faleceu em 16 de Maio de 1949, em Lisboa e ocupou por último o cargo de Chefe de Secretaria da Procuradoria Geral da República.

Imagem > DAQUI

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SONETO DO AMOR COMO UM RIO
Vinicius de Moraes

Este infinito amor de um ano faz
Que é maior do que o tempo e do que tudo
Este amor que é real, e que, contudo
Eu já não cria que existisse mais.

Este amor que surgiu insuspeitado
E que dentro do drama fez-se em paz
Este amor que é o túmulo onde jaz
Meu corpo para sempre sepultado.

Este amor meu é como um rio; um rio
Noturno interminável e tardio
A deslizar macio pelo ermo

E que em seu curso sideral me leva
Iluminado de paixão na treva
Para o espaço sem fim de um mar sem termo.

rosa_4
Montevidéu, 1959

In Para viver um grande amor (crônicas e poemas)
in Livro de Sonetos
In Poesia completa e prosa: "A lua de Montevidéu"

Imagem da internet via Google, sem identificação de autoria

sábado, 7 de abril de 2012

Segundo informações após contato com Célia Bretas Tahan, jornalista, escritora e neta de Cora Coralina, esta confirmou que todos os poemas inéditos de Cora se encontram em poder de sua mãe, Vicência Bretas Tahan (única filha de Cora ainda viva e autora da biografia romanceada "Cora Coragem Cora Poesia") e o poema vinculado pela mídia "Não Sei" e/ou "Saber Viver" ( = contendo as letras de Não Sei não fazem parte do acervo da referida autora.). A divulgação do apócrifo surgiu, porque junto ao poema veio um acréscimo (de origem desconhecida) do verso sem estar entre as aspas: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina" do poema Exaltação de Aninha (O Professor) de Cora Coralina, in: Vintém de cobre: meias confissões de Aninha, 9. ed., São Paulo: Global, 2007.

Fonte: DAQUI

 

coracoralinha_falsasatribuicoes

Fonte da imagem: DAQUI

NÃO SEI
SABER VIVER

Buscando Autoria

Não sei se a vida é
curta ou longa
demais para nós.
Mas sei que nada
do que vivemos
tem sentido se não
tocarmos o coração
das pessoas.

Circula pela net – em alguns blogs e sites – creditada à Cecília Meireles. Eis o que diz a autora em seu blog:

http://cancaodosonhoacabado.blogspot.com.br/

“ESCLARECIMENTO

Acabei de lançar este livro: "CANÇÃO DO SONHO ACABADO e outros poemas" Este livro tem uma história... Compus em 1994 um poema chamado "Canção do Sonho Acabado"e recentemente postei na internet; Por algum engano, ele foi atribuído - em vários sites - à Cecília Meirelles, o que muito me lisojeou. No entanto, é importante que as pessoas saibam que é de minha autoria, que tem seus direitos autorais e que foi publicado em 2006 na Antologia Delicatta I. Claro, é o primeiro poema, no meu próprio livro.”

image


CANÇÃO DO SONHO ACABADO
Helenita Scherma

Já tive a rosa do amor
- rubra rosa, sem pudor.
Cobicei, cheirei, colhi.
Mas ela despetalou
E outra igual, nunca mais vi.
Já vivi mil aventuras,
Me embriaguei de alegria!
Mas os risos da ventura,
No limiar da loucura,
Se tornaram fantasia...
Já almejei felicidade,
Mãos dadas, fraternidade,
Um ideal sem fronteiras
- utopia! Voou ligeira,
Nas asas da liberdade.
Desejei viver. Demais!
Segurar a juventude,
Prender o tempo na mão,
Plantar o lírio da paz!
Mas nem mesmo isto eu pude:
Tentei, porém nada fiz...
Muito, da vida, eu já quis.
Já quis... mas não quero mais...

In http://cancaodosonhoacabado.blogspot.com.br/

Imagem do blog > DAQUI

quarta-feira, 21 de março de 2012

Leonid_Afremov_autumm

MOÇAS OUTONAIS
Anderson Cnristofoletti

No outono a luz morna da aurora delineia as folhas
ruivas e as copas das árvores se entreabrem
revelando novas cores e horizontes.
No outono os arrebóis são mais passionais; as
paixões, mais promissoras;
O pôr-do-sol é um capítulo à parte: vertiginosos
dourados que dessangram azuis numa tela viva de
Monet.
As moças - então outonais - passam corn seus
vestidos longos e deixam escorrer um perfume de
cravo e canela quando sorriem.
É a estação na qual as janelas estão sempre
abertas e os olhos sempre procuram outros olhos.
O outono, definitivamente, é a estação dos versos
silentes, das belezas tácitas e da compreensão
inefável das coisas.
hummingbirdredrose[1]
©Anderson Christofoletti
In Da Poesia à Poesia Inexistente
Imagem: Leonid Afremov

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