quarta-feira, 20 de abril de 2011


Poesia: A IMAGEM PERDIDA
Mario Quintana
Música e Voz: Márcio Faraco


Como essas coisas que não valem nada
E parecem guardadas sem motivo
Alguma folha seca... uma taça quebrada
Eu só tenho um valor estimativo...
Nos olhos que me querem é que eu vivo
Esta existência efêmera e encantada...
Um dia hão de extinguir-se, então, mais nada
Mais nada
Refletirá meu vulto vago e esquivo...
E cerraram-se os olhos das amadas,
O meu nome fugiu de seus lábios vermelhos,
Nunca mais, de um amigo, o caloroso abraço...
E, no entretanto, em meio desta longa viagem,
Muitas vezes parei... e, nos espelhos,
Procuro em vão, minha perdida imagem!


Poema manuscrito encontrado no acervo deixado por Mário Quintana.
Todo o acervo foi entregue ao Centro de Memória Literária da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, pela herdeira de Quintana, a sobrinha-neta Elena, para que seja preservado e divulgado.

Fonte do vídeo


Poesia: Canção do Vento e da Minha
Vida Autor: Manuel Bandeira
Música e Voz: Amauri Falabella

O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...

E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.

O vento varria as luzes,
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas...

E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De aromas, de estrelas, de cânticos.

O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...

E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.

O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!

E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.


Fonte do vídeo

REALIDADE
Florbela Espanca

Em ti o meu olhar fez-se alvorada,
E a minha voz fez-se gorjeio de ninho,
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura pálida do linho.

Embriagou-me o teu beijo como um vinho
Fulvo de Espanha, em taça cinzelada,
E a minha cabeleira desatada
Pôs a teus pés a sombra dum caminho.

Minhas pálpebras são cor de verbena,
Eu tenho os olhos garços, sou morena,
E para te encontrar foi que eu nasci...

Tens sido vida fora o meu desejo,
E agora, que te falo, que te vejo,
Não sei se te encontrei, se te perdi...

3-2 
Florbela Espanca
In Charneca em flor, 1931
Imagem: pintura de Ed Tadiello

terça-feira, 19 de abril de 2011
card_niveranderson

Que venha o amanhã com seu arsenal de cores e sabores.
Para ele criarei novas palavras e tecerei novos sonhos.

(Anderson Christofoletti > poesia na íntegra aqui)

domingo, 17 de abril de 2011

A Voz da Poesia

 

Prezados amigos(as),

A nossa comunidade do Orkut agora possui sua página equivalente no Facebook. Quem se dispuser a participar, é só digitar "A Voz da Poesia" na ferramenta "Procurar" do referido site (campo em branco que fica no topo da tela), e clicar na opção situada em Grupos, aguardando a admissão do novo membro. Aproveite também para adicionar "A Voz da Poesia" ao seu rol de amigos, que surge relacionada em Pessoas.

Ou então, para facilitar o acesso direto, clique no link abaixo:

http://www.facebook.com/home.php#!/home.php?sk=group_160991050627733

Esperamos carinhosamente e contamos desde já com sua presença!

A Voz da Poesia (falando ao coração em todos os lugares)

sábado, 16 de abril de 2011

card_rubemalves

sexta-feira, 15 de abril de 2011

SOLETRANDO A SOLIDÃO
Ana Merij

A dor que sinto não é de vazios
Dentro de mim,
vozes - ternuras
mãos  - aquecidas
palavras - ecoantes
promessas – vidas

Dentro de mim,
um rio
uma pedra
uma trilha
uma rua
uma estrela
um apito
um trem
uma aldeia

A dor que sinto é de cheios
Dentro de mim... moradas
Carrego multidões alvoroçadas

A dor que sinto... não é de retalhos

Padeço de inteiros!

barrinha

© Ana Merij

Imagem >> DAQUI

O poema Uma Pedra no Meio do Caminho, de Carlos Drummond de Andrade, declamado nos idiomas:

Português
Inglês
Hebraico
Dinamarquês
Francês
Holandês
Italiano
Húngaro
Alemão
Latim
Espanhol
Tupi

Fonte: DAQUI

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