sexta-feira, 22 de abril de 2011

pascoa[5]

PÁSCOA
Claudinê Ferreira

Diferente do que a maioria sabe, na Páscoa não se comemora a Ressurreição de Cristo. A Páscoa foi instituída muito antes de Jesus, e Ele também comemorava a Páscoa, tanto é verdade, que antes d'Ele ser preso, fez questão de comemorá-la junto com seus discípulos, fato esse, que ficou conhecido coma a Santa Ceia, a última Páscoa. "Chegou, porém, o dias dos ázimos, em que importava sacrificar a Páscoa. E Jesus mandou Pedro e João dizendo: Ide, preparai a Páscoa para que a comamos."  (Lucas 22:8)  "E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça." (Lucas 22:15)

Na verdade, a Páscoa, vem dos primórdios do Velho Testamento, e encontramos a sua instituição no livro de Êxodos no capítulo 12 que relata toda sua história.

O povo hebreu se encontrava cativo no Egito por um longo tempo, e Deus então chama Moisés para libertar o Seu povo. Moisés, seguindo as instruções de Deus se apresenta diante do faraó e pede a liberdade para o povo. Faraó nega dar a liberdade, e assim, Moisés, usando o poder que Deus havia lhe concedido, faz cair as pragas sobre o Egito para amolecer o endurecido coração do Faraó.

A nação egípcia começa a sofrer com a praga das águas que se tornaram em sangue, a praga das rãs, a praga dos piolhos, a praga das moscas, a praga da peste nos animais, a praga da saraiva, a praga dos gafanhotos, a praga das trevas e aquela que seria a última praga, e que faria com que faraó libertasse o povo hebreu: A morte de todos os primogênitos.

Para que os Hebreus não fossem atingidos por essa praga, Deus chama Moisés e lhe dá instruções que deveriam ser seguidas por todos indistintamente, que eram as seguintes: Cada um deveria pegar um carneiro ou um cabrito sem nenhum defeito, sem nenhuma mancha, sacrificar esse animal, pegar o sangue e passar nos batentes das portas das casas, marcando o local para que o anjo da morte não entrasse ali. E mais, deveriam preparar-se para a partida, e a meia noite, deveriam comer a carne do animal sacrificado que deveria ser preparada assada sobre o fogo, acompanhada de ervas amargas e com pães ázimos, um pão sem fermento. Deveriam ter os ombros cobertos, os pés calçados e o cajado nas mãos, e que comessem apressadamente." ...esta é a Páscoa do Senhor.  (Êxodos 12:11) "E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor: nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo." (Êxodos 12:14) "Portanto guardai isto por estatuto para vós e para vossos filhos, para sempre." (Êxodos 12:24)  "Então direis: Este é o sacrifício da Páscoa ao Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se, e adorou." (Êxodos 12:27).

No decorrer da história, e nos primórdios dos tempos, pelo fato da ressurreição de Jesus ter se dado logo após a Páscoa, a Igreja Católica passou a comemorar a Páscoa e a Ressurreição como um único fato, dando origem ao que conhecemos hoje, como: Páscoa, a Ressurreição de Cristo.

Portanto, o que é a Páscoa? 

Páscoa é libertação!

É o momento de nos libertarmos do egoísmo, da incredulidade, da indiferença, da falta de amor, do preconceito, da falsidade, da negligência e da ignorância.

De nos libertarmos do eu e pensarmos no nós. De olharmos em volta e vermos que não estamos sozinhos, de pensarmos em grupo e no grupo do qual façamos parte, seja ele familiar, de amigos ou de colegas de trabalho.

Como o povo Hebreu no passado, devemos cobrir nosso ombros com o conhecimento, calçar os pés com a força de vontade, pegar o cajado da união e partimos para a terra prometida do sucesso.

Devemos comer a carne queimada no fogo do esforço, com as ervas amargas da dedicação e o pão sem fermento da amizade para que no futuro próximo possamos adentrar na terra que emana o pão do dever cumprido e o mel do sucesso alcançado. 

Páscoa é renascimento!

É o momento de renascermos para as novas idéias, para as mudanças necessárias, para o novo que se descortina à nossa frente.

Renascermos para fé no ser humano, para a fé em Deus, para a fé no futuro que virá. Renascermos para o conhecimento, para o bom relacionamento em todo nosso convívio, na família ou no trabalho, no prédio onde moro ou na rua em que resido. Renascermos para aqueles que precisam de nós, para fazermos o bem sem nos importarmos a quem.

Renascermos para a união de todos com os olhos voltados para o objetivo comum. Renascermos para o  desprendimento dos velhos hábitos, dos vícios antigos, das mágoas e das tristezas vividas, do rancor e do sentimento de vingança, das humilhações sofridas, da falta de vontade e de colaboração, enfim, de todo o entulho que temos em nós.

Renascermos para o amor e vivermos o amor em toda sua plenitude, abrirmos os olhos e despertarmos para sermos novos, melhores e mais felizes.

Essa é a verdadeira Páscoa, o verdadeiro espírito da Páscoa, Libertação e Renascimento.

quarta-feira, 20 de abril de 2011


Poesia: A IMAGEM PERDIDA
Mario Quintana
Música e Voz: Márcio Faraco


Como essas coisas que não valem nada
E parecem guardadas sem motivo
Alguma folha seca... uma taça quebrada
Eu só tenho um valor estimativo...
Nos olhos que me querem é que eu vivo
Esta existência efêmera e encantada...
Um dia hão de extinguir-se, então, mais nada
Mais nada
Refletirá meu vulto vago e esquivo...
E cerraram-se os olhos das amadas,
O meu nome fugiu de seus lábios vermelhos,
Nunca mais, de um amigo, o caloroso abraço...
E, no entretanto, em meio desta longa viagem,
Muitas vezes parei... e, nos espelhos,
Procuro em vão, minha perdida imagem!


Poema manuscrito encontrado no acervo deixado por Mário Quintana.
Todo o acervo foi entregue ao Centro de Memória Literária da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, pela herdeira de Quintana, a sobrinha-neta Elena, para que seja preservado e divulgado.

Fonte do vídeo


Poesia: Canção do Vento e da Minha
Vida Autor: Manuel Bandeira
Música e Voz: Amauri Falabella

O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...

E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.

O vento varria as luzes,
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas...

E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De aromas, de estrelas, de cânticos.

O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...

E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.

O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!

E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.


Fonte do vídeo

REALIDADE
Florbela Espanca

Em ti o meu olhar fez-se alvorada,
E a minha voz fez-se gorjeio de ninho,
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura pálida do linho.

Embriagou-me o teu beijo como um vinho
Fulvo de Espanha, em taça cinzelada,
E a minha cabeleira desatada
Pôs a teus pés a sombra dum caminho.

Minhas pálpebras são cor de verbena,
Eu tenho os olhos garços, sou morena,
E para te encontrar foi que eu nasci...

Tens sido vida fora o meu desejo,
E agora, que te falo, que te vejo,
Não sei se te encontrei, se te perdi...

3-2 
Florbela Espanca
In Charneca em flor, 1931
Imagem: pintura de Ed Tadiello

terça-feira, 19 de abril de 2011
card_niveranderson

Que venha o amanhã com seu arsenal de cores e sabores.
Para ele criarei novas palavras e tecerei novos sonhos.

(Anderson Christofoletti > poesia na íntegra aqui)

domingo, 17 de abril de 2011

A Voz da Poesia

 

Prezados amigos(as),

A nossa comunidade do Orkut agora possui sua página equivalente no Facebook. Quem se dispuser a participar, é só digitar "A Voz da Poesia" na ferramenta "Procurar" do referido site (campo em branco que fica no topo da tela), e clicar na opção situada em Grupos, aguardando a admissão do novo membro. Aproveite também para adicionar "A Voz da Poesia" ao seu rol de amigos, que surge relacionada em Pessoas.

Ou então, para facilitar o acesso direto, clique no link abaixo:

http://www.facebook.com/home.php#!/home.php?sk=group_160991050627733

Esperamos carinhosamente e contamos desde já com sua presença!

A Voz da Poesia (falando ao coração em todos os lugares)

sábado, 16 de abril de 2011

card_rubemalves

sexta-feira, 15 de abril de 2011

SOLETRANDO A SOLIDÃO
Ana Merij

A dor que sinto não é de vazios
Dentro de mim,
vozes - ternuras
mãos  - aquecidas
palavras - ecoantes
promessas – vidas

Dentro de mim,
um rio
uma pedra
uma trilha
uma rua
uma estrela
um apito
um trem
uma aldeia

A dor que sinto é de cheios
Dentro de mim... moradas
Carrego multidões alvoroçadas

A dor que sinto... não é de retalhos

Padeço de inteiros!

barrinha

© Ana Merij

Imagem >> DAQUI

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