Caminhos do Mar
Gal Costa
Composição: Dorival Caymmi/Danilo Caymmi/ Dudu Falcão
Yemanja Odoiá Odoiá
Rainha do mar
Yamanja Odoiá Odoiá
Rainha do mar
O canto vinha de longe
De la do meio do mar
Não era canto de gente
Bonito de admirar
O corpo todo estremece
Muda cor do céu do luar
Um dia ela ainda aparece
É a rainha do mar
Yemanja Odoiá Odoiá
Rainha do mar
Yemanja Odoiá Odoiá
Rainha do mar
Quem ouve desde menino
Aprende a acreditar
Que o vento sopra o destino
Pelos caminhos do mar
O pescador que conhece
as historias do lugar
morre de medo e vontade
de encontrar Yemanja
Yemanja Odoiá Odoiá
Rainha do mar
Yemanja Odoiá Odoiá
Rainha do mar
2 DE FEVEREIRO – DIA DE IEMANJÁ
Rainha do mar, Iemanjá é a grande mãe do panteão umbandista. A palavra Iemenjá vem de yeyé omo ejá, que significa mãe cujos filhos são peixes. Diz a lenda que o mar é salgado pelas lágrimas que Iemanjá verteu por seus filhos que partiram. Acredita-se que o culto a Iemanjá surgiu entre os egbá, um dos povos ioruba. Para eles, Iemanjá era a orixá do rio Ogum que corre pela atual Nigéria. No entanto, há outros mitos africanos que falam de Iemanjá, o que dificulta a definição precisa da mitologia dessa orixá. Pode-se dizer que a existência de mitos variados no oeste africano envolvendo Iemanjá são um indicativo da importância dessa orixá na religiosidade ioruba. Para alguns, ela é filha de Olokum, o senhor do mar; para outros, é filha de Obatalá com Oduduá. Uma das lendas diz que Iemanjá foi esposa de Orunmilá e depois, de Olofin, rei de Ifé. Iemanjá foi mãe de muitos filhos, entre eles, Oxóssi, Ogum e Xangô.
Houve uma transformação na mitologia de Iemanjá quando essa orixá passou a ser cultuada no Brasil. Na África, ela era orixá da água doce e no Brasil está fortemente ligada ao mar. Provavelmente, isso se deve ao processo histórico em que os negros foram trazidos de suas terras na África para servir como escravos no Brasil em cidades litorâneas.
Iemanjá é a mãe zelosa que cuida de seus filhos com afeto e autoridade. Está sempre de braços abertos para acolhê-los. Iemanjá lembra a mulher madura, mas vigorosa, que exerce grande influência no lar. Ao mesmo tempo, Iemanjá no Brasil, está fortemente ligada à proteção das pessoas ligadas ao mar. Ela protege pescadores e navegantes. No Brasil, há inúmeras celebrações a Iemanjá em cidades litorâneas. Essas festividades repercutem na sociedade, tornando Iemanjá a orixá mais conhecida entre a população não adepta.
Da mesma forma que Oxum, Iemanjá está ligada à maternidade. Oxum, porém, é arquétipo da mãe jovem e sua ligação é com a gravidez, a lactação e com as crianças pequenas. Já, Iemanjá se associa mais à imagem da mãe de filhos criados. Iemanjá é vaidosa, gosta da cor do azul do mar, de roupas bonitas e vistosas, de jóias caras, de respeito e consideração.
Iemanjá é por excelência, arquétipo da maternidade. Casada com Oxalá, gerou quase todos os outros orixás. É tão generosa quanto as águas que representa e cobrem uma boa parte do planeta.
Iemanjá é o útero de toda a vida, elevada à posição principal da figura materna no panteão de iorubá (Ymoja). Seu sincretismo com a Nossa Senhora e a Virgem Maria lhe conferem a supremacia hierárquica na função materna que representa. É a Deusa da compaixão, do perdão e do amor incondicional. Ela é "toda ouvidos" para escutar seus filhos e os acalenta no doce balanço de suas ondas. Ela representa as profundezas do inconsciente, o movimento rítmico, tudo que é cíclico e repetitivo. A força e a determinação são suas características básicas, assim como o seu gratuito sentimento de amizade.
Simbolismos ligados a Iemanjá
Axé: a energia sagrada de Iemanjá está nas águas, principalmente as do mar.
Cor: azul claro.
Dia da semana: sábado.
Elemento natural: água.
Número: 7
Objetos: conchas e pedras marinhas.
Protegidos: as pessoas que vivem do mar e no mar.
Santa católica: Nossa Senhora da Conceição.
Saudação: odó iyá.
Fontes:
www.rosanevolpatto.trd.br
http://naturamistica.com.br
FRAG. DO TEXTO "SOBRE O ABRAÇO"
ANA CLÁUDIA SALDANHA JÁCOMO
Coisa bem bolada essa dos braços se encaixarem. Uma possibilidade tão perfeita que parece que já foram imaginados também com esse propósito. Mas o melhor do abraço não é a idéia dos braços facilitarem o encontro dos corpos. O melhor do abraço é a sutileza dele. A mística dele. A poesia. O segredo de literalmente aproximar um coração do outro para conversarem no silêncio que dá descanso à palavra. O silêncio onde tudo é dito sem que nenhuma letra precise se juntar à outra. O melhor do abraço é o charme de fazer com que a eternidade caiba em segundos. A mágica de possibilitar que duas pessoas visitem o céu no mesmo instante.
Leia o texto na íntegra >> AQUI
Fonte: http://anajacomo.blogspot.com
I never loved nobody fully
Always one foot on the ground
And by protecting my heart truly
I got lost
In the sounds
I hear in my mind
All these voices
I hear in my mind
All these words
I hear in my mind
All this music
And it breaks my heart
And it breaks my heart
And it breaks my ha-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah-aart
And it breaks my ha-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah-aart
Suppose I never, ever met you
Suppose we never fell in love
Suppose I never ever let you
Kiss me so sweet
And so sah-ah-ah-ah-oft
Suppose I never, ever saw you
Suppose we never, ever called
Suppose I kept on singin' love songs
Just to break
My own fall
Just to break my fa-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah-aall
Just to break my fa-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah-aall
Just to break my fa-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah-aall
Break my fall
Break my fall
All my friends say
That of course it's
Gonna get beh'uh
Gonna get beh'uh
Beh'uh, beh'uh, beh'uh, beh'uh
Behtur, bettur, betterrrr, ohhh...
I never love nobody fully
Always one foot on the ground
And by protecting my heart truly
I got lost
In the sounds
I hear in my mind
All these voices
I hear in my mind
All these words
I hear in my mind
All this music
And it breaks my heart
And it breaks my heart
I hear in my mind
All of these voices
I hear in my mind
All of these words
I hear in my mind
All of this music
And it breaks my heart
And it breaks my heart
It breaks my ha-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah-aart
And it breaks my ha, ah, ah, ah, art
And it breaks my ha-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah, ah-ah-ah-aart
And it breaks my heart
Breaks my heart
And it breaks my heart
And it breaks my heart
And it breaks my heart
And it breaks my heart
TRADUÇÃO
Eu nunca amei ninguém completamente
Sempre foi com um pé no chão
E por proteger de verdade meu coração
Eu me perdi nesses sons
Eu ouço na minha mente
Todas essas vozes
Eu ouço na minha mente todas essas palavras
Eu ouço na minha mente toda essa música
E isso parte meu coração
E isso parte meu coração
E isso parte meu coração
Isso parte meu coração
E achei que nunca iria te encontrar
Achei que nunca iriamos nos apaixonar
Achei que nunca deixaria você me beijar de um jeito tão doce e tão suave
Achei que nunca veria você
Achei que nunca conversaríamos
Achei que nunca iria ficar cantando canções de amor só pra me machucar
Só pra me machucar
Só pra me machucar
Me machucar
Me machucar
Todos os meus amigos dizem que é claro que isso vai melhorar
Vai melhorar
Melhor, melhor, melhor, melhor
Melhor, melhor, melhor
Eu nunca amei ninguém completamente
Sempre foi com um pé no chão
E por proteger de verdade meu coração
Eu me perdi nesses sons
Eu ouço na minha mente
Todas essas vozes
Eu ouço na minha mente todas essas palavras
Eu ouço na minha mente toda essa música
E isso parte meu coração
Isso parte meu coração
Parte meu
Coração
Parte meu coração
Eu ouço na minha mente
Todas essas vozes
Eu ouço na minha mente todas essas palavras
Eu ouço na minha mente
toda essa música
E isso parte meu coração
Isso parte meu coração
Parte meu
Coração
Parte meu coração
E isso parte meu coração
Isso parte meu coração
E isso parte meu coração
E isso parte meu coração...
XX
HILDA HILST in Presságio (1950)
Antes soubesse eu
o que fazer com estrelas na mão.
Se dilacerar-lhes a ponta
ou simplesmente não tocá-las.
Se estão perto cegam meus olhos.
Se estão longe as desejo.
Antes soubesse eu
o que fazer com estrelas na mão.
O Mito da Caixa de Pandora
Recontado por Fábio San Juan
Os gregos antigos contavam muitas histórias sobre a origem das coisas, como todos os povos antigos faziam.
Para explicar a origem das coisas ruins que existem no mundo, os gregos criaram a história da Caixa de Pandora.
Para os gregos, havia muitos deuses, e não só um. Os maiores deuses moravam no alto de uma montanha, o Monte Olimpo, e eram doze. O rei de todos eles era Zeus.
Havia também outros deuses, menores que os deuses do Olimpo, e que se chamavam titãs. Eram menores porque eram menos poderosos, mas mesmo assim eles queriam tomar o lugar dos deuses olímpicos.
Um desses titãs chamava-se Prometeu. Foi ele que, segundo os gregos, criou os homens, a partir do barro. Seu irmão Epimeteu havia criado todos os animais, dando a cada um deles um dom diferente: asas para as aves, força para os felinos, carapaças para as tartarugas, etc. No fim de tudo, não havia sobrado nada para o homem, então Epimeteu pediu ajuda para o irmão e ele resolveu roubar o fogo dos deuses do Olimpo, para ensinar aos homens a fazer tudo o que era possível com o fogo: trabalhar com os metais para fazer armas para caçar outros animais, cozinhá-los, e muito mais.
No entanto, o fogo era dos deuses e Zeus não gostou nada que Prometeu tivesse roubado o fogo. Por isso, Zeus o condenou a ser acorrentado no Monte Cáucaso, e a ter seu fígado comido todos os dias por um abutre. Como ele era imortal, o seu fígado voltava a crescer depois que a ave o comia, e no outro dia encontrava outro fígado inteiro para comer.
Mas Zeus, o rei dos deuses, ainda não estava contente. Para se vingar de Prometeu, Epimeteu e dos homens, que agora tinham o fogo, Zeus pensou em criar um presente tão atraente, mas tão atraente, que Epimeteu não poderia recusar. Prometeu, antes de partir para o seu castigo, havia avisado o irmão: “não aceite presente nenhum de Zeus, ele é traiçoeiro”.
Zeus pediu para todos os deuses para doar algum dom, alguma qualidade, que pudesse reunir em um só ser. Assim, Hefestos moldou sua forma a partir de argila, Afrodite deu-lhe beleza, Apolo deu-lhe talento musical, Deméter ensinou-lhe a colheita, Atena deu-lhe habilidade manual, Poseidon deu-lhe um colar de pérolas e a certeza de não se afogar, Hermes a capacidade de mentir e persuadir.
Esse ser tinha todos os dons dos deuses, por isso foi chamada de Pandora (do grego panta dora).
Zeus, com a ajuda dos deuses, havia criado a primeira mulher.
Epimeteu não resistiu e aceitou o presente. Mas, na bagagem de Pandora, havia uma caixa que Zeus havia enviado. Zeus havia dito a Pandora: “não abra essa caixa de jeito nenhum, ela é um presente para Epimeteu”.
Antes de entregar a caixa para o seu novo marido, Pandora não resistiu à curiosidade e a abriu… deixando escapar todos os males: a velhice, o trabalho, a doença, a loucura, a mentira, a paixão e a morte.
Ao perceber o que havia feito, Pandora fechou rapidamente a caixa, deixando preso o último mal: o mal que iria destruir a esperança.
Se ela não tivesse sido rápida o bastante, até mesmo a esperança teria sido destruída.
Algumas pessoas acham que esta história mostra que a mulher só trouxe desgraças para o mundo. Outras, porém, acham que o fato de Pandora ter libertado as coisas ruins para a humanidade deu a oportunidade para que nós, seres humanos, pudéssemos ter motivos para desenvolvermos nossas habilidades. Somente vencendo as dificuldades é que provamos nosso valor.
[Fonte: portaberta.net/educar]
- A imagem de Pandora é o símbolo da esperança que se encontra no ser humano, a despeito das frustrações e dos desapontamentos, da depressão e das perdas, que ainda tem forças para se agarrar ao sentido da vida e ao futuro que poderá superar a infelicidade do passado.
Pandora não representa apenas a convicção nos planos futuros, ou a solução dos problemas individuais, ela é um aprendizado de paciência, pois a esperança é uma tênue luz que brilha e nos guia, porém, não dissipa a escuridão da vida. A escuridão é algo profundo e misterioso, pois parece que transcende qualquer coisa que a vida nos ofereça, sob a formade catástrofe.
Este ângulo da esperança não tem nenhuma ligação com as expectativas programadas. Está na verdade ligado a este algo mais profundo dentro de nós que muitas vezes chamamos de força para viver e que – a despeito de ser uma experiência subjetiva, sem nenhum motivo aparente -quase sempre mostra a diferença entre a vida e a morte. Ela não surge de um ato da vontade, simplesmente aparece misteriosamente dentro de nós e nos leva a perceber o brilho suave de nossa luz e, então, nossa reação às dificuldades será radicalmente alterada.
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