quinta-feira, 24 de novembro de 2011


SE O AMOR QUISER VOLTAR
Comp.: Vinicius de Moraes e Toquinho
Intérprete: Maria Creuza


Se o amor quiser voltar
Que terei pra lhe contar
A tristeza das noites perdidas
Do tempo vivido em silêncio
Qualquer olhar lhe vai dizer
Que o adeus me faz morrer
E eu morri tantas vezes na vida
Mas se ele insistir
Mas se ele voltar
Aqui estou sempre a esperar

Fonte do vídeo
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Dá um abraço?
Macedo Junior (TrovadorPR)

De repente deu vontade de um abraço...
Uma vontade de entrelaço, de proximidade...
de amizade... sei lá...
Talvez um aconchego amigo e meigo,
que enfatize a vida e amenize as dores...
Que fale sobre os amores,
seja afetuoso e ao mesmo tempo forte.
Deu vontade, de poder ter saudade de um abraço.
Um abraço que eternize o tempo
e preencha todo espaço...
Mas que faça lembrar do carinho,
que surge, devagarinho,
da magia da união dos corpos,
das auras... sei lá.
Lembrar do calor das mãos,
acariciando as costas a dizer:
- Estou aqui!
Lembrar do enlaçar dos braços,
envolventes e seguros,
afirmando: - Estou com você!.
Lembrar da transfusão de forças,
ou até da suavidade do momento... sei lá...
Então, pensei em como chamar esse abraço:
abraço poesia, abraço força,abraço união,
abraço suavidade, abraço consolo e compreensão,
abraço segurança e justiça, abraço verdade,
abraço cumplicidade? 
Mas o que importa é a magia deste abraço!
A fusão de energias, que harmoniza,
integra o todo e se traduz no cosmos,
no tempo e no espaço...
Só sei que agora deu vontade desse abraço.
Um abraço que desate os nós,
transformando-os em envolventes laços.
Que sirva de colo, afastando toda e qualquer angústia.
Que desperte a lágrima de alegria,
e acalme o coração...
Um abraço que traduza a amizade,
o amor e a emoção...
E para um abraço assim ,
Só consegui pensar em você!
Nessa sua energia,
nessa sua sensibilidade,
que sabe entender o por quê,
dessa minha vontade.
barrinha_2
Nota:
esta poesia circulou por algum tempo sendo creditada a Vinicius de Moraes.
Nessas idas e vindas  de pps e afins, foi sofrendo alterações à revelia do verdadeiro autor.
A gravação foi baseada numa dessas modificações, mas o texto postado é o original, que você pode comprovar >>
AQUI
Fontes:
Áudio:
A Voz da Poesia
Imagem: via Google
Voz: Sereníssima

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ARTE POÉTICA
Jorge Luis Borges

Mirar o rio, que é de tempo e água,
E recordar que o tempo é outro rio,
Saber que nos perdemos como o rio
E que passam os rostos como a água.

E sentir que a vigília é outro sonho
Que sonha não sonhar, sentir que a morte,
Que a nossa carne teme, é essa morte
De cada noite, que se chama sonho.

E ver no dia ou ver no ano um símbolo
Desses dias do homem, de seus anos,
E converter o ultraje desses anos
Em uma música, um rumor e um símbolo.

E ver na morte o sonho, e ver no ocaso
Um triste ouro, e assim é a poesia,
Que é imortal e pobre. A poesia
Retorna como a aurora e o ocaso.

Às vezes, pelas tardes, uma face
Nos observa do fundo de um espelho;
A arte deve ser como esse espelho
Que nos revela nossa própria face.

Contam que Ulisses, farto de prodígios,
Chorou de amor ao avistar sua Ítaca
Humilde e verde. A arte é essa Ítaca
De um eterno verdor, não de prodígios.

Também é como o rio interminável
Que passa e fica e que é cristal de um mesmo
Heráclito inconstante que é o mesmo
E é outro, como o rio interminável.

barrinha_9

In O Fazedor, 1987
Tradução de Rolando Roque da Silva
Imagem: Washington Maguetas

'Um belo poema sempre leva a Deus”

Para algumas pessoas a poesia faz sentido, salva, resgata.
Às vezes acontece de nos afastarmos da poesia, mas um Poeta me dizia que ela volta. Sempre. E eu penso cá comigo: Que bom!
Poeta, amigo querido, nesse momento é ela que me alcança a mão e me traz de volta.
Meu afastamento da internet foi – e ainda é – por motivos de saúde. E a minha volta também. O estado de saúde de
D.Rosa se agrava a cada dia e nesse momento percebo que ela – a poesia – é uma companheira fiel.
OBRIGADA a todos os poetas que soltam as suas poesias como folhas ao vento, sem sequer supor onde vão cair, e do que são capazes de fazer na alma daqueles que abrem as portas do coração e as deixam entrar.

 

PRESENÇA
Anderson Christofoletti

Comunhão da presença;
Precisão imprecisa:
Vôo inverso à fusão das vidas
Em uma só vida.
Costume da presença
- tácita -
Silentes verbos de frases necessárias,
Cálida ausência
Da minha
- tua -
Melhor parte.
Meu horizonte por teus olhos
Consagra-se infinito:
Janela aberta,
Céu azul,
Promessa de vida...

Como sonhar sem asas,
Quando, em mim,
Eras manhã de sol
Tatuada sobre sombras?

Qual caminho seguir
Sem tua estrada?

Quem sou,
se sinto que estou
em tua - minha -
alma amputada:

em tua mão,
meu afago;

em teu toque,
meu sentido;

em tua boca,
minha palavra;

em teu corpo,
minha morada;

em teu espírito,
minha poesia.

Quando estás comigo,
Sou mais;
Quando estou contigo,
Estou em paz.

barrinha_rosa1

Leia mais do autor: AQUI e AQUI

imagem sem ident. de autoria - via Google

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