domingo, 25 de janeiro de 2009

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Compositor respeitado e cantor amadurecido na dura disciplina dos conjuntos vocais, em décadas de Boca Livre, já como solista, Zé Renato havia reinterpretado a obra de Silvio Caldas, de Zé Kéti e de Chico Buarque em discos notáveis, com prêmios e criticas consagradoras. Agora ele oferece a mais bonita, elegante e sofisticada releitura da Jovem Guarda já feita até hoje. E a mais surpreendente.

Com produção precisa e inventiva de Dé Palmeira, o disco é uma seleção de clássicos aparentemente ingênuos e simplórios da Jovem Guarda, vestidos luxuosamente por arranjos e instrumentações que dão um tratamento rítmico e harmônico moderno e sofisticado às popularíssimas canções que embalaram os jovens dos anos 60. [Nelson Motta]

Leia mais no site do cantor
http://www.zerenato.com.br

É TEMPO DE AMAR – 2008
capa

1. É Tempo de Amar (Pedro Camargo/José Ari)
2. Coração de Papel (Sérgio Reis)
3. Eu Não Sabia Que Você Existia (Renato Barros/Toni)
4. Por Você (Vinicius de Moraes/Francisco Enoé)
5. Lobo Mau (Ernest Mareska/vers. Hamilton di Giorgio)
6. Com Muito Amor e Carinho (Chil Deberto/Eduardo Araújo)
7. Não Há Dinheiro Que Pague (Renato Barros)
8. Nossa Canção (Luiz Ayrão)
9. Quero Ter Você Perto de Mim (Neneo)
10. Ninguém Vai Tirar Você de Mim (Hélio Justo/Edson Ribeiro)
11. Custe o Que Custar (Hélio Justo/Edson Ribeiro)
12. O Tempo Vai Apagar (Paulo César Barros/Getúlio Cortes)
13. A Última Canção (Carlos Roberto)

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Maysa era uma mulher fascinante que não aceitava que lhe colocassem rédeas. Com coragem, desafiou os padrões sociais de uma época e fez história. Enfrentou oposições e críticas, em nome de um sonho: o de expor sua arte, de cantar e encantar platéias com sua música.

Educada em regime de internato em colégio de freiras, Maysa contestava os limites e regras desde pequena. Aos 13, já se maquiava. Na adolescência, causava polêmica ao usar calças compridas e fumar na rua. Nessa época, suas composições ainda ficavam restritas aos diários e anotações íntimas. Cantava apenas em casa, nas muitas festas que seus pais, Inah e Monja , ofereciam.

Aos 17 anos, Maysa casou-se com o bilionário André Matarazzo, um poderoso empresário da indústria brasileira e um homem quase 20 anos mais velho que ela. Com ele, teve seu único filho: Jayme Monjardim Matarazzo. Após alguns anos, ocorreu o divórcio.

Maysa morreu prematuramente em um acidente de carro na ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro, aos 40 anos, no dia 22 de janeiro de 1977. Muitos são os rumores que surgiram em torno do acidente, mas a verdade é que sua morte foi uma fatalidade.

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                                                                 Imagem: Bete Brito


in: FRAGMENTO DE UM DISCURSO AMOROSO
ROLAND BARTHES

Seja para querer provar seu amor, seja para se esforçar em decifrar se o outro o ama, o sujeito apaixonado não tem à sua disposição nenhum sistema de signos seguros. O gesto do abraço amoroso parece realizar por um momento, para o sujeito, o sonho de união total com o ser amado. Entretanto, no meio desse abraço infantil, surge infalivelmente o genital; ele corta a sensualidade difusa do abraço incestuoso; a lógica do desejo se põe em movimento, retorna o querer-possuir, o adulto se sobrepõe à criança. Sou então dois sujeitos ao mesmo tempo: quero a maternidade e a genitalidade (o enamorado poderia ser definido: uma criança com tesão retesando seu arco: como o jovem Eros).

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                                                         Imagem da Internet

PROCURA
DORA BRISA

Quero ouvir aquela canção
Que canta o amor, a paz,
O olhar, o perdão,
E muito mais...

Não é essa música, não,
Nem aquela lançada ano passado...
É outra, que fala de tudo do coração,
Extingue a palavra pecado...

Também quero aquela poesia
Que fala de outros tempos,
Do nosso dia-a-dia,
Quando voávamos com outros ventos...

Não, não é aquela poesia,
Porque falta alguma coisa nela:
Talvez uma rede vazia,
Ou uma esperança na janela...

Quero música, poesia,
Procuro-as por todo lugar,
Mas nada preenche minha busca vazia,
E louca continuo a pesquisar...

Cansada de vasculhar,
Deixo minha procura, enfim...
Sozinha, busco o caminho do mar:
Eis a música e a poesia dentro de mim...

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                                                 Imagem: Bete Brito

POEMA DE AMOR
NUNO JÚDICE

O céu, as linhas de luz na água,
caminhos diferentes para o coração.
A queda de sons diversos na atenta coincidência
dos ouvidos. A relação de uma límpida tarde
com um movimento de ombros, junto do teu corpo,
na luminosa sequência da tua voz.
Um andar divino de transparente espectro
sobre o fundo de árvores;
o acentuar da impressão dos teus olhos
na quente atmosfera estagnada.
Mas o súbito levantar do vento dissipou
a primitiva aparência. Um canto lívido
de mortas recordações apenas subsistiu,
o indefinido desgosto dos teus braços,
o remorso de gestos incompletos
que a memória suspende.
Nem me espanto já com a tua proximidade.
Bem vindos, decompostos lábios!
O ranger da cama sobrepõe-se
ao ruído das cigarras.

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