quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Jim Warren

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Jim Warren nasceu em 24 de Novembro de 1949, em Long Beach, Califórnia.
Começou a pintar com apenas 1 ano de idade.
Considera-se autodidata, estudou os grandes mestres visitando museus.
Sua técnica é "pintura de óleo tradicional em tela esticada que eu cubro com um livro de leitura de gesso. São usados só pincéis para pintar e NENHUM aerógrafo, como pensaram às vezes."
Filosofia de Arte: "Para o inferno com as regras... pinte o que você gosta."
Ganhador de inúmeros prêmios, suas obras estão espalhadas por todo o mundo.
Jim Warren é um dos artistas mais criativos e prolíficos de nosso tempo. 
Se você não estiver familiarizado com o nome dele, você já viu o trabalho dele indubitavelmente.
As pinturas de belas-artes e de retratista de personalidades formam uma lista de clientela que inclui desde as celebridades, artistas famosos e líderes empresariais proeminentes, e as colaborações com pintura de vida marinha, Wyland, é aclamado amplamente.
As pinturas dele foram vistas ao redor do mundo em outdoors, grandes murais ao ar livres, suportes de jogo para espetáculos de televisão e Galerias de Belas-artes.

Atualmente Jim Warren vive em Clearwater, Flórida, com a esposa e filhos.



Ciranda da Rosa Vermelha
Intérprete: Milene Areal
Comp. Alceu Valença (Adap. Folclore Popular)

Teu beijo doce
Tem sabor do mel da cana
Sou tua ama
Tua escrava teu amor

Sou tua cana,
Teu engenho, teu moinho
Tu és feito um passarinho
Que se chama beija-flor  (2x)
Quando tu voas
Pra beijar as outras flores
Eu sinto dores,
Um ciúme e um calor

Que toma o peito
E o meu corpo e invade a alma
Só meu beija-flor acalma
Tua escrava meu senhor  (2x)
Sou rosa vermelha
Ai meu bem querer
Beija-flor sou tua rosa
Hei de amar-te até morrer Beija-flor sou tua rosa
Hei de amar-te até morrer

Fonte do vídeo

caryatide
                  imagem: William Whitaker


Ando à procura de espaço
para o desenho da vida.
Em números me embaraço
e perco sempre a medida.

Se penso encontrar saída,
em vez de abrir um compasso,
projecto-me num abraço
e gero uma despedida.

Se volto sobre o meu passo,
é já distância perdida.

Meu coração, coisa de aço
começa a achar um cansaço
esta procura de espaço
para o desenho da vida.

Já por exausta e descrida
não me animo a um breve traço:
- saudosa do que não faço,
- do que faço, arrependida.


[Canção Excêntrica - Cecília Meireles]

retreat_Jeffrey_K_Bedrick 

CONVERSEMOS ATRAVÉS DA ALMA
Jalal Ud Din Rumi

Vem!.
Revelemos o que é secreto aos olhos e ouvidos.
Sem exibir os dentes, sorri comigo, como um botão de rosa.
Entendamo-nos pelos pensamentos, sem língua, sem lábios.
Sem abrir a boca, contemo-nos todos os segredos do mundo, como faria o intelecto divino.
Fujamos dos incrédulos que só são capazes de entender se escutam palavras e vêem rostos.
Ninguém fala para si mesmo em voz alta.
Já que todos somos um, falemos desse outro modo.
Como podes dizer à tua mão: "toca", se todas as mãos são uma?
Vem, conversemos assim.
Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma.
Fechemos pois a boca e conversemos através da alma.
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.
Vem, se te interessa, posso mostrar-te.


do livro "Poemas Místicos"
imagem: Jeffrey K Bedrick

mae
                                               imagem da internet


Há alguns meses, quando pegava as crianças na escola, percebi que uma mãe se aproximara de uma amiga que conhecia bastante. Estava muito indignada. Sabe o que você e eu somos? – lhe perguntou, e antes que a amiga pudesse dar-lhe uma resposta, que na verdade não sabia qual era ela mesma respondeu.

Parece que vinha de uma repartição onde tinha ido renovar sua carteira de motorista. Quando o funcionário que anotava os dados lhe perguntou qual era a sua ocupação, ela não soube responder.

Ao perceber isto, o funcionário lhe disse: - "ao que me refiro é se a Senhora trabalha ou é simplesmente uma...?”.

"Claro que tenho trabalho, lhe contestou, sou uma mãe!".

E o atendente lhe respondeu: -"não posso por mãe como opção, vamos colocar dona de casa.".

Foi a resposta enfática do funcionário.

A amiga havia esquecido por completo a história, até que um dia, se passou exatamente o mesmo com ela. A funcionária era obviamente uma mulher executiva, eficiente, elegante, e tinha um crachá sobre seu peito onde estava escrito:

"Entrevistadora Oficial".

"Qual sua ocupação?" ela perguntou.

Como ela iria responder? As palavras simplesmente começaram a sair de sua boca:

"Sou uma Pesquisadora Associada no Campo do Crescimento, Desenvolvimento Infantil e Relações Humanas."

A funcionária deteve a caneta que ficou congelada no ar, e olhou para a mãe como se não estivesse escutado bem.

Repetiu o título lentamente, pondo ênfase nas palavras mais importantes. Logo, observou assombrada como seu pomposo título era escrito em tinta negra no formulário oficial.

"Permita-me perguntar-lhe", disse a funcionária com ar de interesse, que é o que exatamente faz você no campo de pesquisa?

Com uma voz muito calma e pausada, se ouviu sua resposta.

"Tenho um programa contínuo de investigação (que mãe não o tem?) no laboratório e no campo (normalmente se costuma dizer "dentro" e "fora" de casa). Estou trabalhando no meu doutorado (a família completa) e já tenho 4 créditos (todas as suas filhas)." "Evidente que o trabalho é um dos que mais demanda tem no campo de humanidades (alguma mãe está em desacordo?) e usualmente trabalho umas 14 horas diárias (em realidade são mais, como 24 h!). Porém, o trabalho tem muito mais responsabilidades que qualquer trabalho simples, e as remunerações, mais que somente econômicas, também estão ligadas à área da satisfação pessoal."

Podia-se perceber uma crescente atitude de respeito na voz da funcionária, enquanto completava o formulário. Uma vez terminado o processo, se levantou da cadeira e pessoalmente acompanhou a "Pesquisadora" à porta.

Ao chegar a casa, emocionada por sua nova carreira profissional, saíram a recebê-la 3 de suas "cobaias" do laboratório, de 13, 7 e 3 anos de idade. Do alto, ela podia escutar a seu novo modelo experimental do programa de crescimento e desenvolvimento infantil (de 6 meses de idade), provando um novo padrão de vocalização.

Sentia-se triunfante! Havia vencido a burocracia.

Havia entrado nos registros oficiais como uma pessoa mais distinguida e indispensável para a humanidade que somente "uma mãe mais".

Maternidade... que profissão mais brilhante. Especialmente quando tem um título na porta.

Traduzido e adaptado por Marcus Renato.
Trini Amagintza - Grupo de Apoyo Lactancia y Maternidad - Espanha.

ricardo_tavares_vazio 

 OS ESPAÇOS QUE FICAM
Cáh Morandi

 Nunca soube o que fazer
com os espaços que ficam
depois que alguém vai embora
uma dúvida insiste
e de tanto, o meu tentar desiste
de trocar a ausência
por qualquer coisa que fira menos:
nada para repor
nada para suprir
nada que realmente comportasse
o encanto de algo que ficou
para trás


Imagem: Ricardo Tavares
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