segunda-feira, 11 de março de 2019
O VENTO
Dora Ferreira da Silva


Na palma do vento
pouso a fronte. Nele confio.
A quem confiaria senão a ele
este rude labor?

Abandono-me à tormenta
(lumes mastros
gaivotas do mar próximo).

Enreda-me a noite.
Mas dele são os dedos leves
que me fecham os olhos. E é manhã.

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In: Jardins (Esconderijos), 1979
Arte: Ronny (photographer)

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