sábado, 23 de agosto de 2008


O poeta toma a parte pelo todo,
O acidente pela essência.

Mergulha no que há de mais casto
E intenso nos corações alheios.

Ele não é fundamentalmente desejo de ser,
Mas apodera-se da falta que lhe punge
E transforma-a em alento.

Deseja sim, as palavras que não escreveu.
Regozija-se com os versos que a vida sentiu
E que o tempo imprimiu.

Ama,
Ama o ponto ausente
Que, em tempo presente,
Sua amada escondeu...

©Anderson Christofoletti
Registrada na BN

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