sexta-feira, 31 de outubro de 2008

introspeccao
                                                       imagem da internet


XII

Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
desejasse

Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.

Te olhei. E há um tempo.
Entendo que sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta

Olha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.

Hilda Hilst
do livro Júbilo Memória Noviciado da Paixão - 1974

6 comentários:

Rosana Madjarof disse...

Sereníssima,

Lindíssimo poema minha amiga.

Um poema inspirado na sutileza do amor, que como água cristalina é sempre puro e belo.

Adorei!

Bjs.

Rosana.

Unknown disse...

Linda poesia
muita sensibilidade
bjs
Rose Nakamura

concentrado disse...

Lindo poema. Uma bela escolha.

Luísa disse...

Maravilhosa!

Excelente escolha.

Beijos
Luísa

vovolili disse...

Olá querida Sereníssima,

Parabpens por publicar tão linda poesia.
Versos de puro encanto e magia.
Carinhoso e fraterno abraço,
Lilian

JORNALISMO ANTENADO disse...

Oi querida Sereníssima, lindo poema, singelo,sensível...toca fundo ao coração. Parabéns
Beijos
Márcia Canêdo

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